A ideia foi lançada por Nelma Fernandes, que defendeu, na sessão de abertura do Fórum Económico Internacional, a necessidade de encontrar um instrumento económico, nomeadamente um seguro de crédito, para alavancar as trocas comerciais entre os países lusófonos, aproveitando o potencial de um mercado global que chega a todos os cantos do mundo. 

De acordo com a presidente da Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), os nove países lusófonos não têm sido capazes de aproveitar os benefícios da proximidade linguística existente entre si, apontando que só depois de 2021 se começou a implementar, verdadeiramente, o que considera ser o quarto pilar da CPLP. Depois da língua, da cultura e da diplomacia, urge apostar na economia destes países. 

A par disso, Nelma Fernandes instou os empresários a darem esse passo de parcerias entre os vários países de língua portuguesa, sem que para isso os governos tenham de ter um papel activo. Para um melhor fomento dessas parcerias, a mobilidade não poderá ser descurada, já que, no seu entender, "sem mobilidade não há Comunidade [dos Países de Língua Portuguesa]". 

A presidente da Confederação Empresarial da CPLP deixou, também, a ideia de poder estender a relação bilateral entre Portugal e Angola aos demais países da Comunidade. 

Particularmente no que à Madeira diz respeito, Nelma Fernandes apontou o turismo como um elemento chave nestas relações de parceria entre as empresas da CPLP.