Madeira

Taxas de juro continuam escalada ao máximo de Maio de 2009

O percentual que está implícito ao crédito à habitação subiu para 3,553%

Foto Shutterstock
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No dia seguinte ao Banco Central Europeu ter anunciado a subida em mais 0,25 pontos percentuais para 4% as taxas de juro de referência na zona euro, fica-se a saber que esta política tem levado, efectivamente a novos recordes a cada mês que passa dos juros cobrados pela banca portuguesa aos créditos à habitação. Na Madeira, a média voltou a atingir o máximo de 14 anos, superando Maio de 2009 (3,550).

No mês passado, a taxa de juro implícita ao crédito à habitação atingiu 3,553%, "registando um acréscimo de 0,305 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior, crescendo pelo 14.º mês consecutivo e atingindo o valor mais alto desde Maio de 2009", salienta hoje a Direcção Regional de Estatístca, de acordo com informação disponibilizada pelo INE. "Note-se que, em Maio de 2022, a taxa de juro implícita no crédito à habitação era de apenas 0,782%", ou seja está hoje mais de 3,5 vezes acima do que era há um ano.

"O valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação subiu 11 euros face ao mês anterior, para 363 euros, tendo os juros se fixado nos 181 euros (mais 16 euros que no mês anterior) e a amortização nos 182 euros (menos 5 euros que no mês precedente). No mês homólogo, o valor médio da prestação vencida era de 272 euros", destaca a DREM, revelando o peso cada vez mais acentuado dos juros, que já está 'ela por ela' com a amortização do crédito.

"Por sua vez, o montante do capital médio em dívida para os contratos de crédito à habitação aumentou, situando-se neste mês nos 61.801 euros (61.752 euros em Abril de 2023). Um ano antes era de 60.281 euros", diz ainda. Não se percebe, contudo se este aumento se deve mais à redução do peso da amortização ou se há mais créditos que vêm se juntar ao bolo. 

Por fim, nota que "a nível nacional, e no conjunto dos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro implícita subiu para 3,398%, mais 0,288 p.p. que no mês anterior. A prestação média vencida para a globalidade dos contratos aumentou para os 352 euros, tendo o valor do capital médio em dívida crescido para os 63.169 euros (62.972 euros no mês precedente). No País, os juros subiram 16 euros face ao mês anterior, enquanto o capital amortizado caiu 5 euros", resume a DREM.