A não saída de João Galamba

Os cérebros pensantes que utilizo neste artigo são para mim, principalmente os comentadores dos vários órgãos de informação que tenho ouvido.

Penso que não é nada normal o que se passou no ministério das infraestruturas, mas o ministro, que nem lá estava não pode ser o responsável. Parece-me que a responsabilidade é de quem praticou os atos. Os cérebros pensantes não pensam assim?

É perfeitamente normal e correto o ministro tentar recuperar o computador (não interessa se é através do SIS, da PJ, ou de outra forma - o que interessa é recuperá-lo). Imaginemos que ele não o fazia – O que diriam estes cérebros pensantes.

É perfeitamente normal o presidente da república e o 1º ministro pensarem diferente – Vivemos em democracia, podemos pensar e transmitir as nossas ideias e é isso que devemos fazer e respeitar as ideias de cada um. Os cérebros pensantes ainda não perceberam isso?

O presidente não fica nada desautorizado. O presidente tem as suas funções. O 1º ministro tem as suas. Como vivemos em democracia e somos livres, cada um exerce as sua funções, não se atropelando, nem fazer o que o outro quer. Não há problema nenhum, ninguém tem de se chatear e é mesmo assim que deve ser. Os cérebros pensantes ainda não entenderam isso?

As pessoas têm liberdade de reunião. A CEO da TAP, também tem liberdade de se reunir com quem quiser e quando quiser. Os deputados da comissão de inquérito dos vários partidos têm liberdade para lhe perguntarem o que quiserem, independentemente do que ela pode ter combinado com outros (não foi com eles, qual o problema?). Os cérebros pensantes ainda não entenderam isso?

Penso que António Costa foi bastante corajoso e honesto em não demitir o ministro e ter esclarecido e muito bem porque o não fazia, apesar de “ninguém pensar/estar à espera que ele fazia isto”. O ditado popular diz que os tem no sítio.

Será que estes cérebros pensantes merecem o dinheiro que recebem (se é que recebem) para opinarem desta forma?

Porfírio Gomes Cardoso