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Ninguém muda para pior

Em política, tal como em tudo na vida, há missões que são mais ingratas do que outras e há quem tenha de defender aquilo que, a vista de todos, acaba por não ter defesa possível.

Sempre foi assim e sempre assim será, obrigando à redobrada atenção daqueles que, tendo o poder de escolha, têm de saber distinguir, cada vez mais, a verdade, no meio da demagogia e da ilusão que muitos procuram vender.

Há, todavia, uma certeza que sobressai no meio disto tudo: é que ninguém muda para pior.

Ninguém, muito menos os Madeirenses.

Um povo que sempre soube o valor de cada uma das suas conquistas e quem é que esteve ao seu lado, em todas elas.

Um povo trabalhador, resiliente e simultaneamente sonhador que, ao longo da história, fez parte da evolução e esteve sempre presente no muito que fizemos. Na brilhante caminhada que percorremos juntos e nas mudanças e grandes transformações que conseguimos liderar, a par e passo com aquela que era a vontade soberana e, sempre, para melhor.

Um povo que queremos igualmente presente no muito que queremos continuar a fazer, por esta terra que nos move, porque só assim é que faz sentido. Sempre fez.

Apenas assim o nosso Partido se realiza, contribuindo para a realização diária desta Madeira que somos.

Mas, insisto, ninguém muda para pior. E, no fundo, é isso que a oposição propõe e defende, como grande trunfo, nestas próximas Eleições Regionais: a mudança para um abismo que recusamos.

E que, além do mais, não merecemos.

Não é que subestimemos ou menosprezemos os nossos adversários políticos, não é isso que está aqui em causa.

E desenganem-se os que também acham e quiçá até apregoam que o PSD/Madeira concorre às próximas Eleições com triunfalismos ou vitórias antecipadas. Não, não é verdade.

Estamos confiantes, motivados e empenhados em vencer, mas sabemos que, até ao dia do sufrágio, nada está ganho e há muito trabalho a fazer para cumprirmos com aqueles que são os nossos objetivos, mas acima de tudo, para continuarmos a cumprir com a Madeira e os Madeirenses.

Em consciência, quando a única coisa que se evidencia na “mão cheia de nada” que a nossa oposição tem para oferecer acaba por ser, precisamente, um passo para o abismo, uma mudança para pior, obviamente que a escolha sai facilitada.

E sai facilitada não ao PSD/Madeira mas, sim, aos olhos daqueles que, diariamente, assistem ao devaneio completo, ao caos e à total incompetência – seriam muitos mais os adjetivos mas ficarei por aqui – que caracterizam, hoje, a governação socialista no País. Melhor dizendo, ao longo dos últimos oito anos.

Não, não queremos uma mudança para pior nesta Região que todos os dias fazemos melhor.

Ninguém troca a estabilidade pela instabilidade.

Ninguém está disposto a trocar a paz social e a segurança a que aqui assistimos pelos constantes tumultos, pelas manifestações na rua, pelo ataque sucessivo a classes profissionais que são determinantes para a nossa sociedade e para o nosso futuro, como é o caso dos Professores.

Ninguém opta pela inconstância que reina, transversalmente, em todos os setores de atividade, quando aqui temos desenvolvimento, crescimento económico e perspetivas de prosperidade.

Ninguém está disposto a trocar serviços públicos que, a todos os níveis, funcionam e refletem melhorias por serviços que estão ao abandono e nem sequer sabem muito bem o que responder aos cidadãos, seja na saúde, na educação ou na justiça, precisamente pela falta de capacidade e de visão de quem os lidera.

Não, não é isso que queremos. Não é isso que os Madeirenses querem.

Ninguém quer uma Região sem rumo, sem projeto de futuro, sem o mínimo de esperança para as novas gerações e governada por gente que sempre se revelou incapaz de priorizar, corresponder ou sequer defender a Madeira, tal a sua submissão ao centralismo de Lisboa e ao Partido que fala sempre primeiro do que os nossos interesses.

Muito menos devem os Madeirenses estar dispostos a escolher ou premiar quem os discrimina e exclui de forma recorrente, assim como também quem não cumpre e só os prejudica, fazendo-os sentir na pele o facto de serem Portugueses de segunda, quando, na realidade, somos cada vez mais de primeira.

Não, não é este o caminho nem é esta a mudança que a Madeira precisa.

Julgo que o caminho que a Madeira precisa é aquele que temos vindo, juntos, a fazer. E que queremos continuar a fazer, sendo precisamente para isso que nos propomos a trabalhar ainda mais e melhor por esta terra, ao lado dos Madeirenses e evitando, a todo o custo, quaisquer retrocessos naquele que foi e é um projeto e uma obra exemplar.