Madeira

Martins Júnior lamenta a ausência dos dois bispos eméritos

“O vosso servo agora parte em Paz”, declarou no final da cerimónia, que acabou em ambiente de festa

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As únicas ausências notadas pelo padre Martins Júnior na bonita festa que oficializou, esta manhã, a sua sucessão na paróquia da Ribeira Seca, foi a dos bispos eméritos, D. Teodoro de Faria e D. António Carrilho.

O reparo do sacerdote foi feito ao bispo do Funchal, quando dirigia as últimas palavras aos presentes, no final da eucaristia da sucessão, realizada esta manhã na igreja da Ribeira Seca, em Machico.

Foi agradecer a presença de todos, em particular do bispo do Funchal, D. Nuno Brás, e das outras entidades presentes, nomeadamente os presidentes da Câmara Municipal de Machico, Ricardo Franco, e da junta de Freguesia local, Alberto Olim, que lamentou que os dois bispos eméritos não tivessem também marcado presença para testemunharem in-loco à bonita festa. “Foi pena não ter convidado os outros dois bispos (eméritos) para um de cada lado, verem esta festa”, declarou Martins Júnior. Ainda assim, deu os “parabéns ao senhor bispo” pela presença, ao mesmo tempo que assegurou que “o vosso servo agora parte em Paz”.

Antes já havia enaltecido a “missa muito especial. Missa de bispo é outra coisa”, complementou. Depois assegurou que “o Cónego Ramos é um sortudo” neste ‘casamento’ com a Ribeira Seca, ao ser testemunha da sua “entrada triunfal” no “modesto templo”.

Martins Júnior lembrou ainda um episódio de outros tempos protagonizado por si e pelo padre que agora o sucede. Então era Martins Júnior presidente da Câmara Municipal de Machico, e Manuel Ramos, um rapaz de 17 anos da Maiata, no Porto da Cruz, que fora pedir à Autarquia que disponibilizasse um quarto para a catequese.

Quis o destino que ambos sejam protagonistas da sucessão hoje formalmente concretizada.

Com o sol à espreita no exterior do templo, depois da noite de alguma chuva, Martins Júnior voltou a puxar dos galões para em tom solene declarar: “A Ribeira Seca está de parabéns porque em vez de ter o Inverno tem agora a Primavera, e em vez de ter um octogenário (o próprio), tem agora um quinquagenário (Cónego Manuel Ramos)”.

Martins Júnior mostrou-se disponível para continuar a “colaborar” com a paróquia que é a imagem de marca do “sítio unido, um povo unido”.

A cerimónia acabou em ambiente de festa, já no exterior da igreja.

Logo depois, Martins Júnior voltava ao altar para celebrar um funeral.

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