Madeira

Paróquia da Ribeira Seca é “sinal da resiliência de um povo que sempre arregaçou as mangas para lutar pela vida e pela liberdade”

Reconhecimento do novo pároco, Cónego Manuel Ramos

None

As primeiras palavras do Cónego Manuel Ramos na “nova missão ao serviço do povo de Deus nesta lendária paróquia da Ribeira Seca” foram de reconhecimento pelo trabalho feito pelo seu antecessor, padre Martins Júnior, e de elogio à resiliência dos paroquianos.

Dirigindo-se aos fiéis presentes, afirmou: “convosco quero partilhar as páginas da vossa história que representa um sinal da resiliência da um povo que sempre arregaçou as mangas para lutar pela vida e pela liberdade. Convosco quero acarinhar o trabalho incansável e histórico do senhor padre José Martins Júnior ao longo de quase 54 anos nesta paróquia”.

O novo pároco da Ribeira Seca reconheceu que “doravante o caminho a trilhar é desafiante”, por reconhecer que a nova paróquia que passa a acumular com a de Machico, contraria a máxima de ninguém é insubstituível. Reconheceu que ao longo de tempos Martins Júnior, “dono de uma vontade própria e de um conjunto de talentos que ninguém pode igualar, primou pela diferença, logo neste caso constata-se que a substituição é deveras considerada insubstituível”, afirmou. Mais ainda porque “ao longo destes anos criou-se uma relação quase umbilical com as diversas gerações da Ribeira Seca”, relação essa que colocou a Ribeira Seca “no mapa do mundo e, inevitavelmente, na história de Machico e da Madeira”, constatou.

Perante “o testemunho de resiliência” que Martins Júnior “deu e continuará a dar a este povo e a esta terra de Machico”, o Cónego Manuel Ramos manifestou publicamente o seu “eterno reconhecimento”.

De resto, agradeceu a confiança do bispo por confiar-lhe a “arriscada missão”, prometeu “servir de igual modo as duas paróquias”, e por último, um pedido solene aos paroquianos: “Rezai por mim, eu rezo por vós”.

O cónego Manuel Ramos assumiu hoje a administração paroquial da Ribeira Seca. Fá-lo no dia em que completa 2 anos e 5 meses que chegou a Machico, para ser pároco da Paróquia local, e 23 anos e 5 meses que presidiu pela primeira vez a eucaristia, ou seja, em que celebrou a chamada missa nova. Sobre a ordenação sacerdotal, lembrou que “o padre é gerado para ser cooperador do bispo e associado a ele nesta suprema missão”, devendo por isso “obediência e reverência para estar sempre ao serviço da Igreja”.

“Deus respeita a liberdade das pessoas”, lembra o padre Martins Júnior

Bispo do Funchal complementa: “Cada um de nós responde por si”

Martins Júnior já não é administrador paroquial da Ribeira Seca

Cónego Manuel Ramos tomou posse como pároco