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Diplomacia de Portugal e Moldova destaca "forte e persistente amizade" entre os dois países

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Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e da Moldova sublinharam hoje em comunicado a "forte e persistente" amizade entre os dois países, por ocasião do 30.ºaniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Lisboa e Chisinau.

"Reconhecemos e apoiamos os passos decisivos da Moldova em direção à União Europeia [UE] e congratulamo-nos por ter sido concedido o estatuto de candidato à adesão ao país no verão passado", prossegue o texto, assinado pelos chefes das diplomacias dos dois países, João Gomes Cravinho e Nicu Popescu.

"Reconhecemos a importância das reformas na Moldova destinadas a modernizar o país e melhorar a vida dos seus cidadãos, e ainda o compromisso na contribuição para a paz e segurança europeias", sublinha a mesma nota, que também destaca o "importante papel" da diáspora moldova em Portugal, uma comunidade que funciona como "uma ponte entre os dois países" e reforça "os laços económicos e culturais, demonstrando a força da nossa amizade".

O texto destaca igualmente os "desafios" que enfrenta a Moldova, "incluindo a brutal agressão da Rússia contra a vizinha Ucrânia" e pugna por uma "ainda maior cooperação e apoio à Moldova que reforça a sua resiliência contra múltiplas ameaças e avanços na sua caminhada em direção à integração na UE".

Por fim, os dois ministros manifestam a confiança sobre o prosseguimento do "compromisso aos valores europeus -- democracia, direitos humanos, Estado de direito", princípios que constituem, segundo frisam, "a base" da amizade e da parceria entre Lisboa e Chisinau, também assente num "maior aprofundamento e expansão da cooperação bilateral e num trabalho conjunto para uma Europa pacífica e próspera".

Entretanto, a primeira-ministra da Moldova, Natalia Gavrilita, demitiu-se hoje do cargo, provocando a queda do Governo, justificando a decisão com as várias crises causadas pela invasão russa da Ucrânia.

Em conferência de imprensa hoje realizada, Gavrilita afirmou que "chegou a hora de anunciar a renúncia", acrescentando que ninguém esperava que o seu Governo, eleito no verão de 2021, "tivesse que administrar tantas crises causadas pela agressão russa na Ucrânia".