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Um dos três jovens palestinianos baleados em Vermont ficou paralisado e tenta reabilitação

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Hisham Awartani, um dos três estudantes universitários palestinianos baleados a 25 de novembro, em Vermont, EUA, ficou paralisado do peito para baixo devido ao impacto de uma das balas que ficou alojada na coluna vertebral.

A mãe de Awartani, Elizabeth Price, revelou o seu estado de saúde à estação de televisão norte-americana CNN e anunciou uma campanha de angariação de fundos no GoFundMe para o ajudar na sua reabilitação.

"Acreditamos que Hisham vai enfrentar tudo isto com a mesma determinação que teve na última semana. Os fundos ajudarão a cobrir os custos da sua reabilitação, as viagens de avião da sua família e as despesas de adaptação à sua nova realidade", afirmou.

Awartani e dois dos seus amigos da Cisjordânia, Kinnan Abdalhamid e Tahseen Ali Ahmad, foram baleados em Burlington, enquanto caminhavam e conversavam em inglês e árabe. Dois deles usavam 'kufiyas', o tradicional lenço palestiniano.

Os acompanhantes de Awartani foram baleados no tronco e nas pernas e internados nos cuidados intensivos, mas ambos já tiveram alta.

O suspeito, Jason J. Eaton, de 48 anos, foi detido no dia seguinte ao tiroteio e acusado de três tentativas de homicídio, tendo-se declarado inocente. A polícia está a investigar um possível crime de ódio.

Price explicou que as receitas que sobrarem serão destinadas a apoiar outros palestinianos mais vulneráveis e "muito menos afortunados do que ele".

"Pedimos a solidariedade de todos aqueles que sofrem por saberem que a conclusão natural da desumanização de qualquer pessoa é o ódio violento", acrescentou.

A ONU condenou na terça-feira o ataque contra três jovens.

"Condenamos esta violência. (...) Embora ainda esteja sob investigação, (...) os sinais de ódio são provavelmente bastante óbvios e não há lugar para o ódio e o fanatismo contra o Islão e qualquer outra forma de ódio", disse, em conferência de imprensa, Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres.