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Corpo de artilharia já opera no interior da Faixa de Gaza

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Foto EPA

O corpo de artilharia israelita está a operar no interior da Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início da guerra, com combates em quase todo o enclave palestiniano, anunciou hoje o exército.

Soldados de duas brigadas do corpo de artilharia estiveram nos últimos dias envolvidos em combates na zona de Shujaiya, um bairro nos subúrbios da cidade de Gaza, considerado um dos bastiões do Hamas.

"Desde o início da guerra, o corpo de artilharia estava a operar na fronteira da Faixa de Gaza, ajudando as forças terrestres com apoio de fogo para operações e esforços de resgate", disse um porta-voz militar.

O corpo de artilharia atingiu mais de 20 "alvos terroristas", incluindo armazéns de armas, casas armadilhadas e infraestruturas militares do Hamas, referiu, citado pela agência espanhola EFE.

O capitão Yonatan do Corpo de Artilharia da 282.ª Brigada explicou que parte da missão consiste em disparar explosivos e projéteis de fumos para apoiar o avanço das tropas.

O corpo de artilharia fornece também fogo de cobertura para "o salvamento das forças que enfrentaram terroristas com metralhadoras e lança-granadas em becos estreitos"

"Há vários dias, entrámos na área de Shujaiya com artilharia e disparámos projéteis contra a infraestrutura inimiga, casas armadilhadas e depósitos de armas. Concluímos a missão e destruímos mais de 20 edifícios", afirmou.

Após a trégua que terminou em 01 de dezembro, concentraram-se em combates corpo a corpo com o Hamas em Shujaiya e Jabalia, no norte da Faixa de Gaza, e na cidade de Khan Younis, no sul.

O exército israelita acredita que dois líderes do Hamas, Yahya Sinwar e Mohamed Deif, estejam escondidos em Khan Younis, segundo a EFE.

A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro, que matou 1.200 pessoas, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, o exército israelita lançou uma ofensiva aérea e terrestre contra a Faixa de Gaza, interrompida durante uma semana de tréguas, que em dois meses matou 17.700 pessoas, segundo o Hamas.