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Familiares de bebé refém do Hamas pedem libertação durante trégua

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Foto A-One Rawan / Shutterstock

Os familiares de um bebé de 10 meses sequestrado pelo grupo islamita palestiniano Hamas apelaram hoje à libertação do menor até quarta-feira, dia em que termina a atual prorrogação da trégua, alegando preocupações com a saúde da criança.

O bebé foi sequestrado juntamente com os pais e um irmão.

"A razão pela qual estamos a falar hoje é porque amanhã [quarta-feira] é o último dia do cessar-fogo do atual acordo que permite libertar os reféns e eles ainda não foram libertados", disse Ofri Bibas, irmão de Yardén Bibas (mãe do bebé), numa conferência de imprensa 'online'.

Segundo adiantou o tio da criança, o nome do bebé, Kfir Bibas, não consta da lista de reféns do grupo islamita Hamas que deverão regressar a Israel durante as próximas horas.

Ofri queixou-se de que "todas as outras crianças já foram libertadas" e que o seu sobrinho, que tinha nove meses quando foi raptado, é o refém mais jovem retido pelo Hamas.

Um porta-voz árabe do exército israelita, Avichai Andraee, adiantou que a família foi sequestrada no 'kibutz' (comunidade agrária israelita) Nir Oz pelo braço armado do Hamas em 07 de outubro, dia em que o grupo islamita palestiniano efetuou em território israelita um ataque de proporções sem precedentes.

A família terá sido depois transferida para outro grupo armado palestiniano, que a mantém cativa numa área de Khan Yunis, cidade do sul da Faixa de Gaza.

"Todas as outras crianças já foram libertadas. Não sabemos onde estão detidos [os membros da família]. Mantêm-nos debaixo de terra. Não há muita comida para bebés e, por tudo isto, estamos muito preocupados", alegou Ofri Bibas, lembrando que um bebé de 10 meses ainda precisa de leite de fórmula como dieta principal.

"Não sabemos nada sobre o estado em que estão",lamentou ainda.

Ofri Bibas pediu ainda ao Governo de Israel e aos países mediadores da trégua - Egito e Qatar - que os seus familiares sejam incluídos entre os reféns que se espera que sejam libertados.

"Exigimos que sejam incluídos na lista de amanhã [quarta-feira], se não na de hoje", sublinhou.

O Governo israelita e o braço político do Hamas acordaram na quinta-feira uma trégua de quatro dias que foi prorrogada na segunda-feira por mais 48 horas, durante as quais o grupo islamita libertou 51 reféns israelitas e 18 estrangeiros, em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinianos, todos eles mulheres e crianças.

Entre hoje e quarta-feira, prevê-se que mais 20 reféns deixem Gaza em direção a Israel em troca de outros 60 prisioneiros palestinianos.