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A 50 km/h, olhar o telemóvel por 3 segundos é como conduzir 42 metros de olhos vendados

Fique com essa probabilidade no lançamento da Campanha "Ao volante, o telemóvel pode esperar"

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A Campanha de Segurança Rodoviária "Ao volante, o telemóvel pode esperar", inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2023, irá decorrer a partir de amanhã, 28 de Novembro, e 4 de Dezembro, com o objectivo de "alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do uso indevido do telemóvel durante a condução".

Lembrando que "a 50 km/h, olhar para o telemóvel durante 3 segundos é o mesmo que conduzir uma distância de 42 metros com os olhos vendados, o equivalente a uma fila de 10 carros", a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) juntam-se em mais esta acção de sensibilização.

"A utilização do telemóvel durante a condução aumenta em quatro vezes a probabilidade de ter um acidente, causando um aumento no tempo de reação a situações imprevistas", realça. A campanha integrará "acções de sensibilização da ANSR em território continental e dos organismos e serviços da administração regional da Região Autónoma dos Açores e da Região Autónoma da Madeira" e "operações de fiscalização pela GNR e pela PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário e de acordo com o Plano Nacional de Fiscalização 2023, de forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adoção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que respeita ao manuseamento do telemóvel durante a condução".

As três entidade relembram, em comunicado emitido esta manhã, que "o uso do telemóvel ao volante é um risco para a segurança do próprio e dos outros", uma vez que "os condutores que utilizam o telemóvel durante a condução são mais lentos a reconhecer e a reagir a perigos; a distração ocorre quando duas tarefas mentais, conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, o que provoca lapsos de atenção e erros de avaliação; e o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causa dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito pelas regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões".

Esta é a última das 11 campanhas de sensibilização e de fiscalização planeadas no âmbito do PNF de 2023, sendo que estas acções "inseridas nos planos nacionais de fiscalização são realizadas anualmente pela ANSR, GNR e PSP, desde 2020, com temáticas definidas com base nas recomendações europeias estabelecidas para cada um dos anos".

Nas dez campanhas anteriores, "foram realizadas 51 ações, durante as quais mais de 3.700 pessoas foram sensibilizadas presencialmente. Quanto a ações de fiscalização, o número de condutores fiscalizados presencialmente foi superior a 498 mil e cerca de 10,4 milhões de veículos foram fiscalizados através de radares", calcula, recordando, em conclusão, que "a sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adoção de comportamentos seguros na estrada".