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Partido das Canárias também vai viabilizar investidura de Sánchez

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Foto Thomas COEX / AFP

O socialista espanhol Pedro Sánchez fechou acordos com sete partidos para garantir a reeleição como primeiro-ministro, mais um do que era esperado e de que necessitava, depois de ter sido anunciado hoje um pacto como a Coligação Canária.

Na sequência das eleições espanholas de 23 de julho, o partido socialista (PSOE) negociou acordos com partidos nacionalistas e independentistas catalães, bascos e galegos, e agora também com o regionalista Coligação Canária, para conseguir, no parlamento, a recondução de Sánchez como primeiro-ministro, à frente de um governo de coligação com o Somar, uma plataforma de forças de esquerda.

Além da bancada do PSOE, o novo governo será assim viabilizado no parlamento por outros sete partidos: Somar, Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol), EH Bildu (basco), Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), Juntos pela Catalunha (JxCat), Bloco Nacionalista Galego (BNG) e Coligação Canária (CC).

A CC, que lidera o governo regional das ilhas Canárias, elegeu uma deputada, Cristina Valido, que votou a favor da eleição como primeiro-ministro do líder do Partido Popular (PP, direita), Alberto Núñez Feijóo, numa tentativa de investidura falhada no final de setembro.

Cristina Valido vai agora viabilizar a reeleição do socialista Pedro Sánchez, o que já tinha admitido fazer em 02 de outubro, caso o PSOE se comprometesse com a "agenda canária", tal como tinha feito o PP.

"Nós estamos aqui para solucionar os problemas dos canários e este é o primeiro objetivo com que os canários votam em nós", disse então Cristina Valido, que admitiu a possibilidade de a Coligação Canária reequacionar mesmo posições anteriores contra a amnistia de independentistas catalães ou contra a entrada da extrema-esquerda no Governo, através da plataforma Somar.

Com o acordo com a Coligação Canária, Sánchez assegura, à partida, apoio parlamentar de uma maioria absoluta de 179 dos 350 deputados espanhóis na votação da sua nova investidura como primeiro-ministro, que se espera que ocorra na próxima semana.

Na legislatura anterior, Sánchez foi eleito chefe do Governo de Espanha com uma maioria simples de 167 votos a favor, 18 abstenções e 165 votos contra.

Entre os votos contra estiveram então, em janeiro de 2020, os de dois partidos que agora vão viabilizar o novo governo do socialista: Coligação Canária e Juntos pela Catalunha, do ex-presidente do governo regional Carles Puigdemont.