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Rebeldes do Iémen ameaçam manter ataques contra israelitas até final da guerra

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Foto Reuters

O grupo xiita huthi do Iémen, apoiado pelo Irão, garantiu hoje que vai continuar os seus ataques contra Israel até que termine a guerra entre os israelitas e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.

"As forças armadas iemenitas (...) continuarão a realizar ataques com mísseis e 'drones' até que a agressão israelita cesse", pode ler-se num comunicado transmitido pela televisão rebelde, Al-Masirah TV.

O comunicado aponta que uma "salva de mísseis balísticos e vários 'drones'" foi hoje disparada, constituindo o terceiro ataque deste tipo desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano no poder na Faixa de Gaza.

O Exército israelita tinha divulgado anteriormente ter detetado um dispositivo voador hostil na costa da cidade de Eilat, uma estância balnear no mar Vermelho, onde sirenes de alerta soaram.

O incidente não representou "nenhuma ameaça ou risco para os civis", garantiu a mesma fonte.

Também hoje o Governo de Israel ameaçou retaliar se o grupo xiita huthi do Iémen continuar a atacar o país.

A ameaça foi feita pelo conselheiro de segurança nacional Tzachi Hanegbi em declarações à imprensa israelita, segundo a agência espanhola EFE.

O conselheiro do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu recusou-se a entrar em pormenores sobre a resposta que será dada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

Na sexta-feira, Israel acusou os houthis de terem lançado mísseis e 'drones' contra território israelita, mas que atingiram duas estâncias turísticas egípcias perto da fronteira entre os dois países.

O incidente provocou seis feridos, segundo as autoridades egípcias.

Os huthis realizaram exercícios militares nas montanhas perto da capital do Iémen, Saná, para simular um combate contra Israel, noticiou a EFE, com base em imagens hoje divulgadas.

Os combatentes huthis içaram bandeiras da Palestina durante o exercício e juraram combater pela Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém Oriental, ocupada por Israel desde 1967.

Os rebeldes huthis controlam Sana e zonas da região norte e do sul do Iémen num conflito iniciado em 2014.

A guerra entre Israel e o Hamas, desencadeada por um ataque de escala sem precedentes perpetrado pelo movimento palestiniano em 07 de outubro em território israelita, que já causou milhares de mortos dos dois lados, suscita receios de uma conflagração regional.

O chefe da diplomacia iraniana alertou hoje que os grupos pró-iranianos na região não podem permanecer em silêncio face à guerra entre Israel e o Hamas, sublinhando a urgência de pôr fim à guerra.

"É normal que os grupos e movimentos de resistência não permaneçam calados face aos crimes" cometidos no território palestiniano da Faixa de Gaza, disse Hossein Amir-Abdollahian durante uma visita ao Qatar.