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Boa Noite

Cunha a caminho de Santana

O ex-secretário não chegou a adjunto, pois "há mar e mar, há ir e voltar"

Boa noite!

Teófilo Cunha já não vai para adjunto do secretário regional que agora tutela o Mar, a par das Pescas e da Economia.

E bem, independentemente daquilo que possa ter acontecido na Quinta Vigia entre Miguel Albuquerque e Rui Barreto, mesmo que se saiba que o presidente do Governo não apreciou a decisão do líder do partido parceiro de coligação que convidou o ex-secretário para, no fundo, ser um governante sem pasta. De facto, não pode consolidar-se a ideia de que os cargos temporários, alegadamente ao serviço de uma causa maior, são empregos para a vida.

Um secretário de passagem deve ter presente que não vai estar para sempre no executivo e que quando sair, o mais normal é que regresse à sua actividade profissional, ou então que vá para a reforma, se tiver chegado a hora. Também pode mudar de ares se o ambiente ficar irrespirável ou desempenhar funções compatíveis com o cargo que acabou de desempenhar. Isto de passar de governante para adjunto, de deputado para assessor e de presidente para vogal é perpetuar a lógica instalada pela política sempre em pé, como se os mandatos gerassem uma espécie de cola de contacto e apegos a mordomias, quando os implicados até têm opções de vida empresarial sólidas e promissoras.

Teófilo Cunha tem muito para fazer no regresso à “vida privada”, na farmácia ou na fazenda, no mar ou na serra, em São Jorge ou no Funchal, na comissão política do CDS em Santana e nos órgãos regionais do partido. Às vezes “uma intenção não concretizada” é passaporte para a felicidade, apelo ao sobressalto cívico e quem sabe o regresso a lugares que bem conhece. Dinarte Fernandes que se cuide!