São vários os turistas que nos últimos dias não têm respeitado a sinalização que determina o encerramento do percurso pedestres classificado que liga o Pico do Areeiro ao Pico Ruivo, devido a ocorrência de uma derrocada, que se crê ter sido consequência do temporal do passado fim-de-semana.  

Um vídeo, capatado no dia de ontem por Filipe Gomes e que pode ver nesta página, mostra bem a forma como várias pessoas, seguramente turistas que estão de férias na Madeira, ultrapassam a fita sinalizadora e ignoram a sinalética que dá conta do encerramento do trilho, avançando para o interior do mesmo sem qualquer hesitação ou problema. 

Ainda esta manhã a situação voltou a repetir-se, conforme foi relatado ao DIÁRIO por algumas pessoas que estiveram no local. 

Situações destas não são novas e até são bastante frequentes. Ainda no passado mês de Junho, num momento em que este mesmo percurso estava encerrado também devido à queda de pedras, um cidadã estrangeira que desrespeitou a sinalização acabou ferida ao ser atingida por uma pedra na cabeça, obrigado ao seu resgate pelas equipas de socorro dos bombeiros. 

Turistas identificados pela Polícia Florestal na vereda do Areeiro

Trilho classificado está encerrado devido a uma derrocada. Encerrados estão também outros 23 percursos pedestres sob a responsabilidade do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Marco Livramento , 25 Outubro 2023 - 19:08

Já esta semana, na última quarta-feira, uma dezena de turistas, de diferentes nacionalidades, que percorriam a vereda que liga Pico do Areeiro ao Pico Ruivo, quando a mesma se encontrava encerrada devido a uma derrocada, foi identificada pela Polícia Florestal. 

Na ocasião, em comunicado, o Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN) lembrava que, ao abrigo do Decreto Legislativo Regional n.º 24/2022/M, de 19 de Dezembro, que aprova o Regime Jurídico dos Percursos Pedestres da Região Autónoma da Madeira, este desrespeito pela sinalização é punível com coimas para pessoa singular entre os 250 e 2.500 euros. Já as empresas ou outras pessoas colectivas podem vir a arcar com uma coima de 500 a 10.000 euros.

Sabe o DIÁRIO que no dia de hoje foram rocheiros ao local da derrocada, com o objectivo de avaliar o estado da escarpa, não havendo, para já, data para a reabertura do trilho.