Sr. Ministro demita a CEO da Tap

Nos bancos da Universidade e com os Tarimbeiros de profissão aprendi que na relação empresa cliente, este tem sempre razão, pois os contributos que a empresa vai receber decorre da relação de vida do cliente e seus descendentes (filhos , netos e bisnetos). A implantação da Democracia em Portugal permitiu melhorar o acesso de toda a população à Educação. Assim temos espalhado pelo mundo Personalidades nas várias áreas: na Ciência, no Desporto, na Medicina, na Gestão, na Política pessoas com capacidade técnica para liderar organizações internacionais com Distinção. Na empresa de Bandeira de Portugal Tap verificamos que foram buscar ao exterior estrangeiros para liderar a empresa. A história veio demonstrar que não foi uma aposta ganha, pois os contribuintes foram chamados a contribuir com 3 mil duzentos milhões de euros para o plano de restruturação da Tap, dos quais mil milhões para desativar uma empresa de manutenção falida adquirida no Brasil. O Governo da República entendeu que deveria continuar a optar por uma liderança fora de Portugal , embora não consiga compreender que com os anos que a TAP está no mercado , não teve condições para formar lideres que pudessem ocupar esta função (infelizmente os nossos políticos e não só continuam com o complexo que o Estrangeiro é que é bom). Recentemente tivemos eco na comunicação social do grau de insatisfação de algumas classes sócio profissionais sobre a liderança da atual CEO da Tap Senhora Doutora Cristine Ourmiéres Widner. Não tenho informação sobre as razões das desconfianças , mas sei que o brilhante ministro Dr. Pedro Nuno Santos teve de convocar os sindicatos para tentar ultrapassar o conflito. Quando o Sr. Ministro defendeu no parlamento o Plano de Reestruturação apresentado em Bruxelas , relevou a importância de uma empresa de Bandeira além da importância para a economia nomeadamente: balança de pagamento, empresas Turísticas e fornecedores relevou o interesse para as populações que vivem na Regiões Autónomas e na Diáspora. Neste contexto vou dar um pequeno exemplo da performance desta liderança estrangeira. No presente ano em face de um evento familiar a realizar em Junho disponibilizei-me a comprar três passagens de Lisboa Funchal e respetivo regresso. Assim no dia 29 de Abril consultei a companhia que viajo há cerca de 53 anos ( passageiro frequente ) e fiquei agradavelmente surpreendido pelas tarifas praticadas por pessoa (101,10 €), resultado da entrada de mais um concorrente a Ryanair (felicito o Governo Regional e o da República pela excelente colaboração neste processo), tendo adquirido três passagens de ida e volta. Quando chegou ao dia de embarque um dos meus familiares não pode vir ( não efetuou check in, para não atrasar o voo e nem alterou a viagem dado o custo elevado da mesma). Assim marcou passagem de vinda para Madeira noutra companhia dado o custo da TAP ser bastante superior. No regresso para Lisboa quando foi efetuar o check in é que percebeu que tinham cancelado a sua viagem. Reclamou e a resposta que obteve é que o fato de não ter aparecido na primeira viagem tinha provocado um No Show e consequentemente a reserva tinha sido desativada. Esta interpretação da Tap é abusiva porque a legislação internacional refere que o No Show há apenas para viagem que o passageiro não comparece e não permite cancelamentos futuros de outras viagens. A Tap envia para os seus passageiros informações: para licitar viagens, para adquirir outros serviços, para promover viagens etc., mas serviço pós venda não tem. Neste caso poderia ter perguntado ao cliente a razão de não ter viajado e se pretendia alguma solução alternativa . Felizmente já estamos bem servidos de companhias de aviação o meu familiar conseguiu lugar noutra companhia de aviação a preços módicos e eu aprendi que defender uma empresa de Bandeira tem custos e tenho de pensar em substituir as minhas viagens na TAP pela Easyjet e Ryanair. Quanto ao Sr. Ministro se quer continuar com a sua carreira brilhante na politica não segure CEO que não dá conta do recado.

Emanuel Brás