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Venezuela vê força do furacão abrandar

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A Venezuela restringiu esta quarta-feira as operações aéreas e encerrou várias estradas devido à aproximação do ciclone tropical n.º 2, que nas próximas horas deverá tocar território venezuelano.

Há momentos, o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, disse ter informações das autoridades locais que “o furacão abrandou ao aproximar-se da Venezuela e foi classificado como tempestade tropical. Traduz-se, até agora, em chuva e aguaceiros, por vezes intensos, mas sem grandes consequências”, acrescentando não ter notícias, até ao momento, de ninguém na comunidade portuguesa que tenha sido afectado. 

“A estas horas, tirando a tal chuva por vezes abundante, não se regista nenhum facto mais gravoso”, garantiu Paulo Cafôfo que promete continuar, junto da Embaixada mantendo contactos permanentes, a “acompanhar atentamente” a evolução da tempestade esperando que as previsões se confirmem no sentido de que a tempestade se dissipe nas próximas 24 horas.

“A estas horas, tirando a tal chuva por vezes abundante, não se regista nenhum facto mais gravoso”  Paulo Cafôfo, Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Quem está na Venezuela, tal como o DIÁRIO avançou, é o secretário regional da Economia está na Venezuela liderando uma missão empresarial. Ao longo de oito dias, Rui Barreto irá desdobrar-se em contactos com empresários madeirenses radicados naquele país, numa iniciativa em que participa, também, o presidente do Instituto de Desenvolvimento Empresarial (IDE), Duarte Freitas.

Durante o dia de hoje a autoridade da aviação, em prol da segurança operacional, restringiu as operações aéreas da aviação geral e privada. Também apelou “a aviação comercial a cumprir fielmente os procedimentos e protocolos estabelecidos no Manual de Segurança de Voo para Operadores”, de acordo com um comunicado do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) venezuelano.

O documento justifica as restrições emitidas, em cumprimento das medidas ordenadas pelo Governo.

“A República Bolivariana da Venezuela será possivelmente afectada pelo desenvolvimento do ciclone tropical n.º 2, que afeta os estados de Sucre, Nova Esparta, Anzoátegui, La Guaira, Distrito Capital, Arágua, Carabobo, Falcón e Zúlia”, explicou o INAC.

Por outro lado, o ministro do Interior e Justiça da Venezuela, Remígio Ceballos, anunciou que várias estradas do país vão ser encerradas e pediu à população que fique em casa, mantenha a calma, devendo “identificar e fixar os objetos soltos, proteger as janelas e reforçar os tetos [das casas]” para a chegada do ciclone.

Deve também “desligar o equipamento elétrico, fechar as torneiras do gás, ter um 'kit' de primeiros socorros, um rádio e manter-se em contacto direto com as autoridades”.

“Os organismos de Proteção Civil, em coordenação direta com os governadores e presidentes de câmaras municipais, vão garantir os abrigos necessários em cada estado para as pessoas das áreas de perigo iminente”, explicou Ceballos, à televisão estatal.

O Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tinha pedido, na terça-feira, aos venezuelanos para se prepararem para vários fenómenos atmosféricos e climatológicos, que vão provocar abundantes chuvas e ventos fortes durante pelo menos cinco dias, a partir de hoje.

“Um tema muito importante. Quero alertar o povo da Venezuela que (…) vamos ter uma confluência de fenómenos atmosféricos sobre o território venezuelanos e vamos ter chuvas e ventos abundantes”, disse.

Maduro precisou que o mau tempo se fará sentir durante pelo menos cinco dias e pode prolongar-se até segunda e terça-feira, pedindo à população que tome medidas preventivas”.

A Venezuela tem apenas duas estações ao ano, conhecidas localmente como de “período de seca”, entre dezembro e abril, e o de chuvas, de maio a novembro.

A precipitação oscila entre 1200 e 1600 milímetros cúbicos por ano e a temperatura média é de 28° Celsius.