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Greve dos guardas prisionais às horas extra com adesão a rondar 90%

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A greve dos guardas prisionais às horas extraordinárias, em defesa da revisão do estatuto profissional e que termina à meia-noite, teve uma adesão que "rondou os 90%", segundo o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP).

O SNPG, através do coordenador de Lisboa, Frederico Morais, em declarações à Lusa, considerou terem sido "atingidos os objetivos" dos guardas.

"Temos 'feedback' do Ministério de que fomos inseridos no programa plurianual do Governo", referiu.

No primeiro dia da greve, em 23 de dezembro, Frederico Moais disse à Lusa que o horário de trabalho dos guardas prisionais necessita de alterações, uma vez que as horas extraordinárias não são uma situação pontual, pois já vêm programadas nas respetivas escalas de serviço.

Por outro lado, o coordenador de Lisboa do SNCGP alertou para a importância de concretizar um novo regime de promoções e progressões na carreira dos guardas prisionais.

"Da DGRSP [Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais], aquilo que estava ao alcance deles -- segundo nos informam -- já foi feito. Do próprio Ministério [da Justiça] temos a informação de que o sistema de avaliação já deu os passos principais para avançar. Quanto às promoções, estamos dependentes do Ministério das Finanças", indicou na altura, lembrando que o programa plurianual está inscrito no Orçamento do Estado para 2023.

À meia-noite termina também uma greve às diligências não urgentes, que decorre desde 04 de setembro, cuja adesão, segundo Frederico Morais, "rondou os 100% durante quatro meses, no grupo de intervenção e segurança prisional, que garante a segurança nos estabelecimentos prisionais".

De acordo com o sindicalista, "ficaram milhares de diligências por fazer tantos nos tribunais como nos hospitais".