Nem “Ai” nem “Ui", a posição do PS Madeira sobre a Revisão Constitucional

O Governo Regional e os partidos que suportam a maioria de governo enunciaram na semana passada que as questões tidas por mais relevantes para a Revisão Constitucional foram acolhidas e integradas no projeto de Revisão Constitucional, no caso, pelo PSD nacional. Miguel Albuquerque, Rui Barreto, deputados eleitos pelo PSD Madeira, quer à Assembleia da República, quer à Assembleia Regional, e deputados do CDS-PP eleitos à ALRAM abordaram a importância desta matéria para a Madeira e Porto Santo, explicando o que está em causa e o que está previsto no projeto de Revisão do PSD. E ficou muito claro tratar-se de um processo de extrema importância para que todos possamos almejar um futuro ainda melhor, com mais Autonomia, ou seja, com capacidade acrescida para decidirmos o nosso futuro, com mais ferramentas ao nosso dispor para trilharmos um caminho de ainda maior crescimento e desenvolvimento para a nossa Terra e cidadãos. Falta, e bem, como têm vindo a dizer os líderes da maioria, em particular Miguel Albuquerque, o PS Madeira assumir uma posição – qualquer que seja – a favor ou contra de uma parte ou da totalidade das propostas social-democratas. Ou, em alternativa, apresentar as suas próprias propostas – aquelas que entendam ser as que melhor servem os interesses da Autonomia e do povo da Madeira e Porto Santo. Mas, até agora, decorrido mais do que o tempo útil sobre o assunto de crucial importância, não expressaram nem um “Ai”, nem um “Ui”. Um silêncio sepulcral só próprio de uma estrutura política sem coluna vertebral (lamento, mas é mesmo assim) e sem defesa de valores políticos essenciais, porque sempre vergados aos ditames e aos interesses anti Autonomia dos seus senhores em Lisboa.

Nuno da Silva