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Marcelo ao lado de Cabrita defende que o essencial é apurar-se a matéria de facto sobre acidente na A6

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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu hoje, tendo ao seu lado o ministro da Administração Interna, que o essencial é apurar-se a matéria de facto sobre o acidente na A6 em 18 de junho.

O chefe de Estado prestava declarações aos jornalistas no final de uma visita à Unidade Especial de Polícia, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa, em que esteve acompanhado por Eduardo Cabrita, quando foi questionado se não considera urgente haver explicações sobre este acidente com o carro em que seguia o ministro da Administração Interna que provocou a morte de um trabalhador que realizava trabalhos de limpeza na berma.

"Para mim, o essencial é a matéria de facto. E haverá quem vá investigar a matéria de facto, há várias instâncias que se encarregam de investigar a matéria de facto para diversos efeitos", respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, com o ministro ao seu lado, que não quis depois pronunciar-se sobre este caso.

O Presidente da República referiu que este "acidente infelizmente teve consequências mortais num cidadão" e afirmou que "as autoridades investigam, quem quer que seja que vá dentro do veículo automóvel e quem quer que seja o cidadão que seja atingido".

"Portanto, essa investigação, esse apuramento de facto deve decorrer e, a meu ver, não deve depender de saber se a A ou B ou C a conduzir ou ao lado do condutor ou atrás do condutor. É apurado, é apurado, o que for apurado é apurado", acrescentou.

Em seguida, a comunicação social perguntou ao ministro da Administração Interna se não queria aproveitar esta ocasião para finalmente falar sobre o acidente ocorrido há doze dias, mas Eduardo Cabrita defendeu que não era "de todo o momento adequado".

"Não é este o momento adequado, porque normalmente quando o Presidente da República está presente, os ministros não falam", concordou Marcelo Rebelo de Sousa, deixando, contudo, a decisão para o ministro: "Mas enfim, mas se quiser".

Perante a recusa do ministro, o chefe de Estado observou: "Não, entende que não".

Antes de responder a questões dos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa disse que esta sua visita à Unidade Especial de Polícia aconteceu "quase um ano depois de programada pela primeira vez" e tem como objetivo institucional "agradecer à Polícia de Segurança Pública (PSP) o serviço a Portugal e aos portugueses".

"Temos uma PSP que de facto é um motivo de orgulho nacional", considerou o chefe de Estado, que elogiou a "liderança muito forte e muito clara" de Manuel Magina da Silva como diretor nacional desta força de segurança e o seu papel, "sem confinamentos, permanentemente na rua", durante a pandemia de covid-19, que deu quase como terminada.

Segundo o Presidente da República, vive-se agora uma fase de "aproximação do final do processo pandémico" e os números registados em Portugal, apesar dos novos casos de infeção, "significam que o caminho que está a ser seguido é o caminho adequado: vacinar, vacinar, vacinar".

Durante esta visita, o chefe de Estado e o ministro da Administração Interna assistiram a um 'briefing' e a exercícios da Unidade Especial de Polícia, que integra cinco subunidades operacionais: O Corpo de Intervenção, o Grupo de Operações Especiais, o Corpo de Segurança Pessoal, o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo e o Grupo Operacional Cinotécnico.