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Presidente da Colômbia pede medidas internacionais por crimes de Maduro

Foto Presidência da Colômbia/EPA
Foto Presidência da Colômbia/EPA

O Presidente da Colômbia pediu hoje à comunidade internacional medidas contra o seu homólogo venezuelano por "crimes contra a humanidade", numa conferência de imprensa realizada em conjunto com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.

"Este é um regime que está na origem de violações sistemáticas dos direitos humanos. O líder desta ditadura é responsável por crimes contra a humanidade e a comunidade internacional deve pôr fim a esta situação", defendeu Ivan Duque, no palácio presidencial da Casa de Narino, em Bogotá.

Um relatório das Nações Unidas mostrou que "Nicolas Maduro é responsável por crimes contra a humanidade, tal como é a sua comitiva", acrescentou Ivan Duque, aliado importante dos Estados Unidos na região. "Continuaremos a fazer este apelo à comunidade internacional, porque consideramos que se deve pôr fim a este banho de sangue", sublinhou.

Uma equipa de investigadores da ONU garantiu, num relatório divulgado na quarta-feira, ter encontrado provas de crimes contra a humanidade na Venezuela e disse ter "boas razões para acreditar que o Presidente", assim como o ministro do Interior e o da Defesa "ordenaram ou contribuíram para [a realização de] crimes". Nicolas Maduro afirmou que o relatório estava "crivado de mentiras".

As declarações do chefe de Estado colombiano foram feitas a propósito da presença de Pompeo em Bogotá, no âmbito de uma viagem de três dias pelos países vizinhos da Venezuela, com o objetivo de aumentar a pressão sobre Maduro para que este deixe o poder. O secretário de Estado dos Estados Unidos saudou, por sua vez, o caráter "incrivelmente precioso" do apoio dado pelo chefe de Estado colombiano "ao Presidente interino Juan Guaidó", líder da oposição venezuelana, e a "uma Venezuela soberana e livre das influências perniciosas de Cuba, Rússia e Irão". O chefe da diplomacia norte-americana esteve na Guiana e no Brasil na sexta-feira, onde visitou um acampamento de refugiados venezuelanos na cidade brasileira de Boa Vista.

Na Guiana, Pompeo acusou Maduro de ter "aniquilado" o seu próprio povo e considerou que "deve sair" do seu cargo. O secretário de Estado dos EUA também agradeceu a Ivan Duque pela sua liderança "na luta contra o Hezbollah e por exercer grande pressão sobre os representantes do Irão (já que) é fundamental para a paz e a segurança de todos os povos". Pompeo lembrou que os Estados Unidos e a Colômbia trabalham juntos porque são "nações seguras e democráticas que respeitam o Estado de direito, refletem verdadeiramente o desejo dos seus povos e são vizinhos pacíficos e prósperos".

A crise política, económica e social na Venezuela agravou-se desde janeiro de 2019, quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino do país.

As próximas eleições legislativas na Venezuela estão marcadas para o próximo dia 06 de dezembro.

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