Os dois principais responsáveis pela Telexfree no Brasil, Carlos Wanzeler e Carlos Roberto Costa, foram condenados a 12 anos e meio de prisão por terem promovido um esquema de pirâmide financeira através da empresa ‘Ympactus’. A decisão foi tomada a 25 de Maio pela Justiça Federal do Espírito Santo e os crimes em causa são gestão fraudulenta e actividade de instituição bancária sem licença.

Conforme o DIÁRIO avançou na edição impressa desta terça-feira, os dois arguidos foram ainda condenados a pagar 9 milhões de reais em multas ao Governo Federal e perderam os automóveis e imóveis apreendidos à conta do processo.

Cerca de um milhão de pessoas foram lesadas à escala global com a actividade da Telexfree, que entre 2012 e 2014 actuou como instituição financeira sem autorização legal, tendo como base uma sociedade registada em Massachusetts, EUA. Alguns milhares de madeirenses também aderiram ao esquema ilegal, tendo muitos perdido montantes significativos de verbas.

Em Março de 2017, a justiça norte-americana condenou o presidente da Telexfree nos EUA, James Merrill, a seis anos de prisão. Já em Fevereiro de 2020, a Polícia Federal brasileira deteve Carlos Wanzeler com o objectivo de extraditá-lo para os EUA, onde será novamente julgado por fraude e conspiração.

Em Portugal decorre também uma investigação à Telexfree. O DIÁRIO apurou que este inquérito, que tem vários arguidos, ainda não está concluído.