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Equipa de opositor Juan Guaidó nega ligações a empresa dos EUA acusada de ataque

Foto AFP
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A equipa do opositor e líder do Parlamento venezuelano Juan Guaidó negou qualquer “ligação, compromisso ou responsabilidade” com a empresa que o Governo de Nicolás Maduro acusou de dois ataques frustrados.

Em causa está a empresa de segurança norte-americana Silvercorp, do ex-militar de operações especiais dos Estados Unidos Jordan Goudreau.

Na terça-feira, o Governo de Nicolás Maduro divulgou um áudio em que Guaidó é alegadamente ouvido a negociar, com um representante da Silvercorp, a assinatura de um contrato para realizar ações para derrubar o Presidente venezuelano.

O executivo venezuelano acrescentou que as incursões marítimas frustradas, entre domingo e segunda-feira, fizeram parte destas negociações, tendo acusado também os Estados Unidos e a Colômbia de participação na operação. Os dois países já negaram qualquer envolvimento.

O alegado contrato entre a Silvercorp e Guaidó também teria sido assinado pelo legislador Sergio Vergara, um colaborador próximo do líder da oposição, e por J.J. Rendón, um conhecido assessor de comunicação da região, de acordo com o Governo.

A agência de notícias espanhola Efe não conseguiu confirmar, de forma independente, a autenticidade do áudio, nem do contrato que o Governo de Maduro afirma ter sido firmado entre Juan Guaidó e a Silvercorp.

Maduro adiantou que vai caber à Justiça venezuelana decidir se ordena a detenção de Guaidó, que se autoproclamou Presidente interino do país e foi reconhecido por meia centena de países.

O sistema judicial venezuelano já abriu pelo menos quatro investigações contra Guaidó, uma delas por ter proclamado um governo interino em janeiro de 2019.

As contas bancárias de Juan Guaidó foram congeladas e foi proibido de sair do país, embora tenha feito uma digressão internacional e regressado através do principal terminal aéreo do país, sem ter sido detido pelas autoridades.

O antigo militar dos “boinas verdes” (uma força especial do exército dos EUA) Jordan Goudreau fez declarações contraditórias sobre a participação na recente tentativa de derrube do regime de Maduro.

Uma investigação da agência de notícias Associated Press, publicada antes do ataque fracassado na Venezuela, coloca Goudreau no centro de um plano elaborado com um antigo general rebelde do exército venezuelano Cliver Alcalá para treinar dezenas de militares desertores em campos secretos na Colômbia.

As autoridades dos EUA sublinharam que Goudreau não agiu a mando da administração de Donald Trump e acrescentaram mesmo que o antigo militar está a ser investigado por tráfico de armas.

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