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Casillas recomenda prudência na hora de decidir regresso à competição

Foto EPA
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O ex-guarda-redes do FC Porto Iker Casillas, candidato assumido à presidência da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), considerou hoje que é preciso ser-se comedido na decisão sobre o regresso das competições.

“Sou bastante otimista quanto à vida em geral. Sempre gostei de ver o copo meio cheio, mas penso que há que ser muito comedido na hora de se tomar uma decisão dessas [regresso da competição]. Nesta altura, penso que teremos de deixar passar alguns meses, durante os quais tem de haver uma certa calma e tranquilidade para então se avaliar o momento em que as coisas podem começar a regressar à normalidade. Temos de dar passos lentos, seguros e firmes, a bem da saúde das pessoas”, frisou Casillas, que exerce atualmente funções de ligação entre a equipa do FC Porto e a estrutura diretiva.

Questionado sobre a sua intenção de se candidatar à presidência da RFEF, o ex-guarda-redes afirmou que esse assunto é agora “secundário”.

“A decisão foi tomada há alguns meses, mas agora está tudo parado. Precisamos de aguardar pela evolução dos acontecimentos. Neste momento, isso é secundário e o principal é insistir para que as pessoas sejam responsáveis e acatem as recomendações feitas pelas autoridades de saúde”, disse.

O antigo guarda-redes do Real Madrid mostrou-se “um pouco assustado” com a pandemia do novo coronavírus, mas ao mesmo tempo “confiante nas diligências das autoridades para que a população se mantenha calma e em segurança e no sentido de responsabilidade das pessoas, que devem ouvir atentamente quem está na primeira linha de combate”.

A situação da pandemia em Portugal também mereceu um comentário de Casillas, que elogio a postura dos portugueses.

“O que vigora não é o estado de emergência. Tem algumas ‘nuances’ distintas de Espanha, mas as pessoas têm-se mostrado conscientes e responsáveis, permanecendo em casa”, avançou.

Casillas abordou ainda a união que a Espanha tem vindo a demonstrar ao longo desta pandemia, comparável ao que sucedeu depois de a seleção espanhola ter conquistado o Mundial de 2010, disputado na África do Sul.

“Nessa altura, vimos um país inteiro de mãos dadas, como é raro de se ver. Agora também vemos a humanidade unida, com vontade de viver e ajudar os outros. Há 10 anos, festejámos com uma felicidade imensa, Madrid estava um espetáculo. Hoje, sucede o oposto, mas a união faz a força e vamos ter que nos agarrar a ela para ultrapassar estes momentos difíceis que estamos a atravessar”, rematou o antigo guarda-redes do Real Madrid.

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