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O dia seguinte

Num autêntico cenário de guerra comercial e, egoisticamente industrializada a que vínhamos a assistir desde sensivelmente a última década do século passado, alguém chamou a si o controlo da sobrevivência climática do nosso planeta. Infelizmente de uma forma rebelde, atroz e descontroladamente implacável para os humanos. Foi esta a forma que o invisível inimigo encontrou para, indiretamente combater a teimosia, a incompetência e a ignorância de conhecidos líderes mundiais. De repente o caos instala -se, porque o COVID-19 é afinal o senhor da nova guerra planetária. E eis que, por via disso, o mundo se encontra neste momento numa espécie de metamorfose, assustadoramente real. Os que forem poupados a esta pandemia, certamente terão passado também por essa transformação. Uma espécie de conversão forçada e obrigatória da lei da vida, já que, no dia seguinte a esta crise humanitária nada será como dantes. Uma crise surpreendente que, trará ainda um revés sem precedentes para nós todos e, enquanto isto o planeta agradece a tamanha generosidade involuntária contra a prepotência e a imbecibilidade humana de alguns governantes manifestamente irresponsáveis, no que toca às regras e ao respeito ambiental e climático nas últimas décadas. Sim, a seu tempo, esta crise sanitária e económica vai pouco a pouco passar mas, terá um custo inimaginável para todos nós. Por isso, o que se exige agora, não é apenas e só mais respeito pelo nosso semelhante, mas também uma espécie de intercâmbio e partilha para com os mais necessitados. O que se exige agora, e mais do que nunca é, respeito, diplomacia no seu estado mais puro e, compreensão entre todos os povos e nações. Afinal, estamos perante uma pandemia que de repente se transformou numa soberba lição de sobrevivência para a humanidade.

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