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Turquia anuncia construção urgente de dois hospitais em Istambul

Foto EPA
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A Turquia começou a construir com urgência dois novos hospitais em Istambul para enfrentar a pandemia do novo coronavírus que progride rapidamente no país, anunciou hoje o Presidente, Recep Tayyip Erodogan.

“Vamos concluí-los rapidamente, em 45 dias, e colocá-los ao serviço da nossa população”, declarou Erdogan numa intervenção em Istambul transmitida pela televisão.

Segundo Erdogan, estes hospitais terão capacidade de acolher 2.000 camas no total. O primeiro está em vias de ser construído na zona europeia de Istambul e o outro na margem asiática da metrópole de 16 milhões de habitantes.

Este anúncio ocorre quando a pandemia provocada pelo novo coronavírus progride rapidamente na Turquia, um país que recenseou 30.271 casos, incluindo 649 mortes, de acordo com o último boletim oficial hoje divulgado.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Fahrettin Koca, tinha indicado que cerca de 60% dos casos estavam confinados em Istambul, a capital económica da Turquia.

O Governo turco adotou diversas medidas para tentar conter a propagação da covid-19, através do encerramento de escolas, restaurantes e espaços culturais, a restrição das deslocações e com dezenas de localidades em regime de quarentena.

No entanto, aumentam as vozes que reclamam um confinamento geral da população, uma medida atualmente em vigor apenas para as pessoas maiores de 65 anos ou com menos de 20 anos, e ainda para os doentes crónicos.

Hoje, o Presidente turco também indicou que passa a ser proibida a venda de máscaras cirúrgicas, com a sua distribuição apenas a cargo das autoridades.

O uso da máscara é obrigatório nos transportes públicos e nas zonas comerciais.

Erdogan revelou ainda que o parlamento de Ancara, a capital, vai discutir na terça-feira um projeto de lei destinado a permitir a saída de milhares de detidos das superlotadas prisões do país.

De acordo com este texto, cerca de 90.000 detidos poderão ser libertados antecipadamente ou ser colocados em prisão domiciliária.

No entanto, a medida não abrange as pessoas condenadas ou julgadas por “terrorismo”, onde se incluem opositores, jornalistas e membros da sociedade civil.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 70 mil.

Dos casos de infeção, mais de 240 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu, com mais de 680 mil infetados e mais de 50 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, 16.523 óbitos em 132.547 casos confirmados até hoje.

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