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Madeira

Páscoa de jejum e confinamento mas também de ressurreição e esperança

Bispo do Funchal referiu-se a “esta noite de Páscoa de 2020, que ficará para a história da Igreja como a Páscoa da grande fome da Eucaristia”.

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D. Nuno Brás afirmou, hoje, na homilia da Vigília Pascal que “esta Páscoa feita de jejum e de confinamento continua a ser feita também de ressurreição e de esperança”.

Como podemos comunicar a vida nova? “Parece contraditório a afirmação desta urgência evangelizadora com a situação em que nos encontramos, confinados às nossas casas, famintos do encontro com os irmãos”, lembrou, deixando uma mensagem de esperança, neste momento marcado pela pandemia que vivemos: “O Senhor ressuscitou verdadeiramente. Não é um vírus que o poderá derrotar. E Ele espera de nós, já agora, e mesmo na situação em que nos encontramos, esta disponibilidade apostólica para O testemunhar”.

Perante a Sé Catedral vazia, durante a celebração da Vigília Pascal, o bispo do Funchal referiu-se a “esta noite de Páscoa de 2020, que ficará para a história da Igreja como a ‘Páscoa da grande fome da Eucaristia’, com os sacerdotes a celebrarem quase toda a Quaresma e, agora, esta solene Vigília com as igrejas vazias e os fiéis distantes, em suas casas”.

A cerimónia decorre à porta fechada devido ao isolamento social imposto pela pandemia de covid-19, mas chega aos fiéis através da rádio Posto Emissor do Funchal.

Tendo presente a mensagem Pascal do anúncio da ressurreição de Jesus pelo mundo, D. Nuno Brás enalteceu “a urgente necessidade de anunciar e viver a ressurreição, a vitória de Jesus sobre a morte (que é também a nossa vitória, a vitória da humanidade)”, sendo esta uma novidade que urge comunicar a todos.

“O Evangelho não pode esperar seguranças, não pode aguardar certezas humanas. Requer ousadia, coragem, comunicação alegre e simples da certeza da ressurreição”, afirmou, lembrando que “a mensagem da ressurreição do Senhor é sobretudo urgente comunicá-la a quem ainda não O conhece, a quem ainda não é capaz de viver a alegria da vida nova”.

O bispo lembrou que há quem ainda não conheça Jesus, quem não tenha escutado a sua palavra: “Presos no seu racionalismo, não foram capazes de abrir o coração; presos no seu egoísmo, não foram capazes de entender a sua vida a partir de Deus; presos nos preconceitos causados tantas vezes pelos pecados dos cristãos, não se deixaram alimentar pela Verdade do Ressuscitado. Necessitam que alguém os ajude a romper os muros de uma humanidade fechada e sem horizontes, e lhes anuncie a Boa Nova da ressurreição, o caminho da vida com Deus.”

Lembrando a importância dos apóstolos na missão de comunicar a ressurreição de Jesus, exortou: “Deixemos, irmãos, que neste tempo de quarentena, a urgência do anúncio do Evangelho fermente no nosso coração. Que ela se faça vida, disponibilidade e ousadia em toda a nossa existência. E alegremo-nos com esta certeza serena mas entusiasmante, única capaz de verdadeiramente romper a escuridão: Cristo venceu a morte. Aleluia!”

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