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Páscoa sem torrões de açúcar!

Esta pandemia torna o mundo pequenino para cada um de nós, mas de coração cheio com os incentivos de esperança!

Obrigada a todos os profissionais de Saúde, às pessoas que pela sua saúde ficam em casa, aos trabalhadores de actividades essenciais que estão nos seus postos de trabalho.

A peste covid-19 impede-nos de vaguear nos corredores dos supermercados à procura do ovo de chocolate com o papel mais colorido. As vitrinas das boas pastelarias da praça, não podem competir com os melhores torrões de açúcar. O fim-de-semana alargado no Porto Santo com 2 viagens do Lobo Marinho não acontece. A escapadinha a Lisboa, Paris, Londres, Barcelona ou Madrid foi proibida.

A Via Sacra desta Sexta-feira Santa passou do Coliseu para a Praça de São Pedro despida da presença de crentes. Também as igrejas portuguesas não se encheram de fiéis, nesta que é uma das épocas religiosas mais importantes para os católicos.

Há coincidências. A Quaresma é o tempo da prática do jejum. Veio o COVID-19 e o “jejum” foi a doer. Suspendemos as vivências diárias. Suspendemos as festas de aniversário dos nossos filhos. Suspendemos as brincadeiras no parque. Suspendemos aquela espetada do fim-de-semana “al dente”. A simples ida ao supermercado pode ser um comprometimento para a saúde de cada um, se não forem cumpridas as recomendações. Suspendemos a nossa vida!!!!!

A dureza da pandemia COVID-19 comprometeu orçamentos familiares, já por si “à rasquinha” para pagar as contas de casa, as escolas dos miúdos e as sapatilhas.

Quem sobreviver a esta pandemia e quiser estudar o impacto do COVID-19, poderá avaliar (com seriedade) se os governos dos diferentes países tomaram as medidas adequadas; se esta pandemia foi a peste negra do século XXI; se esta pandemia foi mais nefasta que qualquer outra do passado. Uma diferença tem, desde já, que ser assumida. Hoje temos o escrutínio ao minuto, das redes sociais e das pantufas no sofá.

Os tempos amargos que enfrentamos são duros! Duros sobretudo para quem tem de tomar decisões governativas e só possível para “homens de barba rixa”; duros para quem está na linha da frente nos hospitais e nos centros de saúde; duros para quem trabalha nos lares e no apoio domiciliário; duros para as forças de segurança, militares, protecção civil e para outras actividades essenciais em Estado de Emergência. Tempos duros, também, para quem está em isolamento social!

Gostaríamos todos de carregar num botão “apagar” ou de ter a “pastilha certa” ou o “remédio santo”. Não temos! Mas todos os dias, temos de nos esforçar – cada um no seu papel - para responder a um inimigo desconhecido, com a humildade de reconhecer as nossas limitações e de manter uma aprendizagem permanente.

Esta pandemia torna o mundo pequenino para cada um de nós, mas de coração cheio com os incentivos de esperança!

Boa Páscoa, carregados de fé! Fiquem em casa, pela saúde de todos!

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