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5 Sentidos

Exposição de escultura no Centro Cívico do Estreito

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A Câmara Municipal de Câmara de Lobos inaugura amanhã, dia 10 de Março, pelas 12 horas, a exposição ‘Mãos à Obra’ do artesão António Andrade, no Centro Cívico do Estreito.

A exposição é constituída por trabalhos de escultura em pedra e em madeira, e ficará patente ao público, até ao dia 20 de Abril, com entrada livre.

No hall daquele espaço cultural, estarão expostas ao público, 35 peças esculpidas em basalto e 24 em madeira. Estes dois materiais, recolhidos pelo próprio autor, na natureza, são os predilectos para criar as suas esculturas, inspiradas, normalmente, nas tarefas do dia-a-dia, no ambiente rural e nas memórias que têm marcado o seu percurso de vida.

O artesão, natural da freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, recorda que desde criança sente a necessidade de expressar alguns dos seus sentimentos e ideias, esculpindo a pedra e a madeira, dando origem a diversos objectos do seu imaginário, das tradições e das suas vivências de criança, como é o caso de uma colecção de piões e outra de moinhos em miniatura. Depois surgiram os globos, as roldanas, os vasos, fontanários e até sapatos em basalto e madeira.

O artesão, assume-se como autodidacta e faz da sua paixão pela escultura em pedra e madeira, um passatempo criativo e ao mesmo tempo terapêutico.

Recorda com alegria uma frase inspiradora que ouviu quando frequentou a primária e que o fez lançar-se nesta área: “Um homem para ser homem, pega no maço e no cinzel e esculpe uma pedra”. Garante que de certa forma, estas palavras, foram um grande alento para dedicar-se ao trabalho de criação de esculturas em pedra.

Nesta sua exposição, o artesão pretende dar a conhecer, com engenho e arte, o resultado do seu trabalho. Mas também deseja desafiar o público a reflectir sobre a simbologia incutida nas peças de pedra e de madeira expostas.

Ao ser questionado se vai continuar a criar novos trabalhos o artesão responde: “Ser escultor é o que a minha alma pedia /Artesão? Nem tenho a certeza / (Lá) vou fazendo algumas peças com alegria/ Sabendo que só estrago pedras à natureza”.

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