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Coronavírus Mundo

Cerca de 1,37 mil milhões de estudantes estão a ter aulas à distância

PA/Peter Komka HUNGARY OUT
PA/Peter Komka HUNGARY OUT

O encerramento de escolas e universidades face à pandemia de covid-19 já mandou para casa cerca de 1,37 mil milhões de estudantes, o equivalente a quase 80% da população estudantil, segundo dados hoje divulgados pela UNESCO.

São já 138 os países que optaram por encerrar os estabelecimentos de ensino para conter a propagação do novo coronavírus.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o número de estudantes afetados por esta medida excecional quase que quadruplicou nos últimos dez dias e, atualmente, mais de três em cada quatro crianças e jovens no mundo estão a ter aulas à distância.

O encerramento dos estabelecimentos de ensino também obrigou quase 60,2 milhões de professores em todo o mundo a trocarem as salas de aula pelas suas casas e a adotarem métodos de ensino diferentes, de acordo com os mesmos dados.

Face à nova realidade, a UNESCO reuniu na segunda-feira com os ministros que tutelam o setor da educação de alguns países para discutir os principais desafios e as medidas que os vários governos estão a adotar para apoiar os professores, pais e estudantes que se estão agora a adaptar ao ensino em casa.

“Mais do que nunca, os alunos precisam de ser acompanhados, tanto académica como emocionalmente”, sublinhou durante a reunião Stefania Giannini, diretora-geral adjunta para a Educação da UNESCO, considerando que se numa fase inicial o foco esteve sobre o desenvolvimento de soluções de ensino à distância, a atenção deve dirigir-se agora para o apoio aos professores e às famílias.

No encontro ‘online’, que contou com a participação dos ministros da Educação da Costa Rica, Croácia, Egito, França, Irão, Itália, Japão, México, Nigéria, Peru e Senegal, a diretora-geral da UNESCO, anunciou a criação de uma coligação global para a Educação.

“A responsabilidade para agir é coletiva”, sublinhou Audrey Azoulay, explicando que a nova coligação pretende mobilizar a experiência de vários parceiros e fortalecer o apoio às respostas nacionais no setor da educação durante pandemia.

Entre os países que participaram na reunião com a UNESCO, o recurso às redes sociais para substituir as salas de aula é generalizado, bem como a disponibilização de cursos e de conteúdos educativos através dos canais de televisão públicos, como forma de minimizar as desigualdades no acesso à Internet.

Alguns países, como a França e o Egito, alertaram também para algumas dificuldades em relação às ferramentas de ensino ‘online’, com o ministro da Educação do Egito, Tarek Shawki, a chamar a atenção para o grande número de materiais e conteúdos não acreditados, e o ministro francês Jean-Michel Blanquer a sublinhar a necessidade de regular os ‘sites’ de aprendizagem digital, no âmbito da proteção de dados dos jovens e das crianças.

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