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Madeira

Câmara apoia empresários de Santana em plena crise epidémica

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Numa declaração em vídeo partilhada na página do Facebook do município de Santana, Dinarte Fernandes, presidente da autarquia nortenha, não só assumiu que vivemos tempos difíceis como também agradece a atitude altruísta, demonstrada nos últimos dias, pelos empresários do seu concelho.

Uma das maiores unidades hoteleiras do município, ainda a meio de um importante investimento do aumento da sua capacidade, decidiu, preventivamente, encerrar portas, mandando todos os seus clientes para casa com vouchers para que possam regressar.

Ao DIÁRIO Dinarte Fernandes, admite ser um “duro revés nas expectativas empresariais de quem investiu, ou estava a pensar investir.”

“Todos sairemos a perder com a actual conjuntura” reflecte Dinarte, “mas o mais importante é pensarmos já, no período pós-crise epidémica.”

Após o anúncio da disponibilização de uma verba de 300 mil euros para apoio aos empresários, têm surgido muitas questões, colocadas por empresários e trabalhadores independentes que estão neste momento, sem actividade qualquer.

Os poucos que no concelho ainda podem manter as portas abertas ou semi-abertas, em conformidade com o decretado pelo Estado de Emergência, também não estão melhores.

Restauração, hotelaria são os mais afectados mas as restrições impostas pelo recolhimento geral obrigatório não deixam que outros profissionais como, taxistas, oficinas e outros serviços respirem melhor por estes dias.

Dinarte Fernandes admite que a sua vontade em querer ajudar possa ser confundida com um ato precipitado mas não volta atrás na decisão que foi previamente discutida com o seu executivo e com os serviços financeiros da câmara. “Estamos a estudar a forma de ajudar todos os empresários com o montante disponível anunciado. Sabemos que não fará milagres mas se ajudar na cura, já cumprimos com o nosso dever.”

Neste momento a autarquia sabe das medidas anunciadas pelo Conselho de Ministros para apoiar as empresas e os trabalhadores independentes. Medidas essas que obrigam por exemplo a que os trabalhadores independentes tenham contribuições para a segurança social três meses consecutivos, há pelo menos menos, 12 meses.

“Para regularmos a forma como o apoio chegará aos nossos empresários”, adianta Dinarte, “é preciso termos um mínimo de critérios, mas também será importante percebermos, quais as medidas concretas de apoio às empresas, que o governo regional virá a anunciar. Não pretendemos sobrepôr apoios, até porque, não temos a mesma capacidade nem abrangência do governo em matérias económicas e fiscais, mas queremos ser um complemento.”

Ainda estamos a meio da crise epidémica. Não podemos ignorar que neste momento é a salvaguarda da saúde pública que está em primeiro lugar. A contenção da epidemia. Contudo, isto, não nos deve impedir de olharmos para a frente e darmos esperança a quem emprega famílias, produz bens e serviços essenciais à nossa sociedade e pagam impostos.

Neste sentido o que queremos é ser céleres na disponibilização do apoio.

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