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Primeira morte no estado de Nova Iorque

Foto EPA
Foto EPA

O estado norte-americano de Nova Iorque registou no sábado a primeira morte relacionada com o novo coronavírus, uma mulher de 82 anos que estava hospitalizada com um problema pulmonar, anunciaram as autoridades locais.

O número de infectados com o vírus da pandemia Covid-19 em Nova Iorque chegou aos 524, disse ainda o governador do estado, Andrew Cuomo, que explicou que os infectados continuarão a ser cada vez mais porque aumentou a capacidade de fazer testes.

“Quantos mais testes, mais subirá o número. Ninguém acredita que haja só meio milhar de casos em Nova Iorque, pensamos que são milhares de pessoas, talvez dezenas de milhares”, disse.

O estado de Nova Iorque abriu na quinta-feira o primeiro centro móvel de testes na localidade de New Rochelle, foco do novo coronavírus.

As autoridades pretendem avançar na próxima semana com unidades idênticas noutros locais do estado.

Cerca de 20% dos infectados estão internados, disse Andrew Cuomo, que manifestou preocupação em relação à capacidade de resposta dos hospitais, em especial por causa dos doentes graves.

“Temos de tentar reduzir o ritmo de propagação para um nível que seja possível gerir a nossa capacidade hospitalar. Se o ritmo de propagação for muito elevado, não é possível gerir (...). Estamos preocupados e falei com o Presidente Donald Trump e com o vice-presidente Mike Pence sobre isto, o ritmo de propagação pode ser massivo”, afirmou.

Cuomo anunciou que eliminou a taxa de pagamento associada à telemedicina para evitar a corrida às urgências e a obrigação de os estudantes terem 180 dias de aulas por ano. Já o encerramento de escolas fica ao critério de cada distrito escolar.

Os professores do distrito escolar da cidade de Nova Iorque, o maior de todos os Estados Unidos, com mais de um milhão de estudantes, pediram no sábado ao presidente da câmara, Bill de Blasio, o fecho total das escolas, para evitar a propagação do novo coronavírus.

Num comunicado, um movimento que agrupa professores disse que milhares de docentes meterão baixa na segunda-feira e fecharão eles próprios as escolas.

Na sexta-feira, o presidente da câmara rejeitou o encerramento das escolas com o argumento de que muitos pais não têm onde deixar os filhos para ir trabalhar.

O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infectados ultrapassa agora os 151 mil, com registos em 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

A Organização Mundial da Saúde declarou entretanto que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou hoje 175 novas mortes e que regista 1.441 vítimas fatais.

Nos Estados Unidos, foram confirmados mais de 2.700 casos de infecção e 54 mortes.

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