A construção do novo campo de futebol de Câmara de Lobos vai implicar criar nova acessibilidade, que deverá passar pela construção de um ramal – ou dois, um em cada sentido – de acesso à via expresso Câmara de Lobos/Estreito de Câmara de Lobos, admitiu hoje o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, durante a apresentação pública do projecto que o DIÁRIO avançou em primeira mão na edição de ontem.

O chefe do executivo madeirense prometeu “melhorar o acesso” avançando que o mesmo será feito “a partir da via rápida” e assim também “melhorar o acesso à (pouca) população” residente no Ribeiro Real – parte Poente da VE.

Contudo, admitiu não saber ainda se o acesso à via expresso será possível concretizar em ambos os sentidos. Uma situação a estudar pelos técnicos de modo a também garantir a segurança na circulação na inclinada via expresso para que não haja “pastilhões”, disse em ‘bom madeirense”, para risada geral dos presentes.

O novo equipamento desportivo, projectado para uma área a rondar os 5.600 m2, abrange parte de terrenos expropriados por ocasião da construção da via expresso, mas necessariamente – cerca de metade do campo – vai implicar expropriar terrenos de bananeiras naquilo que Albuquerque disse ser “apenas uns terrenos limites de bananeiras”.

Nesta apresentação, que contou com as presenças do secretário regional dos Equipamentos e Infra-estruturas, Pedro Fino, e do presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho, Albuquerque justificou o investimento há muito reclamado pelos câmara-lobenses como sendo “uma necessidade imperativa” do concelho. Em causa a sobrelotação do actual campo municipal – Estádio do Carmo – que só no futebol, cinco clubes movimentam “625 atletas mais as escolas de formação”, apontou

Já a localização do futuro campo foi justificada não apenas por “parte substancial” da área necessária já estar expropriada, mas também por ser uma “zona fácil de construir”.

Obra que é para avançar em 2021, mas não arriscou avançar com estimativa para a sua conclusão. Apenas esclareceu que a estimativa de custo global “é de 5 milhões de euros” e que um quinto deste valor será inscrito no próximo orçamento para “lançar o concurso e iniciar a obra” plurianual.  

Dinheiro que Albuquerque entende ser “muito bem investido, porque vai proporcionar no futuro uma melhor capacidade de resposta na formação desportiva dos jovens do concelho”, e mais ainda por ter em conta que os câmara-lobenses são “população que felizmente pratica desporto”.

De resto, mostrou-se convencido que investir numa infra-estrutura desportiva na actual conjuntura não será motivo de incompreensão por parte da população. Alega os “efeitos multiplicadores na economia, a curto prazo, e também efeitos muito benéficos na saúde e na formação desportiva integral dos jovens”, destacou.