Inaugurações recentes ao estilo de outros tempos

Quem teve o privilégio de passar ou estar na “nova” Rua do Dr. Fernão de Ornelas no passado sábado de manhã, não podia deixar de matar saudades, reviver com emoção as “velhas” inaugurações do Sr. Dr. Alberto João!

Só faltou os comes e bebes para que fosse uma perfeita imitação!

As pessoas viveram o ato inaugural com felicidade, com alegria, mas só que foram para casa com a barriga vazia.

Mas tiveram “fanfarra”, bailaricos, entretenimento, discursos empolgantes a lembrar os “velhos” tempos.

Uma homenagem ao” estilo” do Sr. Dr. Alberto João que, sinceramente, nos abalou o coração.

E houve o cuidado de fazê-la antes de ele morrer, para que, felizmente, vivo, pudesse ver!

Gesto bonito que todos nós temos o direito e o dever de enaltecer!

E esta inauguração deixou-nos, igualmente, uma extraordinária mensagem para uma profunda e gratificante conclusão.

Manter-se-á o mesmo padrão caso um dia o governo na Madeira mude de mãos!

E isto, podendo parecer que não, é extraordinariamente importante mesmo que já não seja para a nossa geração!

É bom sabermos – quando a morte nos levar – que os nossos netos com o mesmo estilo de governação podem contar.

Claro que, presumivelmente, “os protegidos e verdadeiros beneficiários” serão outros, pertencerão à uma elite diferente, mas ficamos na mesma contentes.

Voltando ao” espetáculo” da manhã de sábado, da nossa parte muito obrigado, só que, da próxima vez, não se esqueçam do vinho seco, da espetada e do bolo do caco.

Com o estômago a “dar horas” as pessoas ficam com o desejo de ir embora, podem sorrir, mas faltam-lhes as forças para aplaudir, para andar e, um dia destes, (para longe vá o agoiro) até mesmo para votar.

O mandar encher a barriguinha tem promovido muita gentinha, de modo que é um pormenor bastante valorizado que não pode ser descurado.

Remodelação da Rua Fernão Ornelas concluída – bem ou mal, o povo que o diga – sugeria à Câmara Municipal que se virasse para outras (mais) pequenas obras do Funchal.

No Largo do Chafariz, por exemplo, substituir aqueles “bocados de cimento” com mais ou menos 60 ou 70 cm de altura colocados nas margens dos “passeios” (junto à estrada) que tem provocado várias quedas a quem por lá passa.

Só no espaço de três dias, uma criança tropeçou mas lá se aguentou, mas um turista, idoso, no chão se estatelou.

Opções tomadas sem pensar, mas que algumas pessoas têm vindo a pagar.

Não sabemos se a responsabilidade é desta ou da anterior Vereação, mas a verdade é que aquelas “ratoeiras em cimento” deviam ser retiradas do chão.

São obras que não dão votos, reconhecemos, não levam “fanfarras” e discursos muito menos, mas são de uma utilidade fundamental, no mínimo para evitar que alguém um dia destes vá bater ao hospital.

Antes que o mal cresça, por favor, cortem-lhe a cabeça.