A Austrália reconhece o presidente da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela, até novas eleições, anunciou hoje a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros.

Marise Payne defendeu, em comunicado, uma “transição para a democracia na Venezuela o mais rápido possível”.

A Austrália secunda Estados Unidos, Canadá, Israel e vários países europeus e da América Latina (incluindo Brasil, Colômbia e Argentina) que já reconheceram Guaidó como Presidente interino da Venezuela.

A União Europeia deu um prazo de oito dias ao Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para convocar novas eleições, findo o qual reconhece legitimidade a Guaidó e ao parlamento para organização do processo eleitoral.

Maduro considerou no domingo “uma insolência” o prazo dado pela União Europeia.

Juan Guaidó autoproclamou-se na quarta-feira Presidente interino da Venezuela, perante milhares de pessoas concentradas em Caracas.

Nesse dia, e em resposta aos Estados Unidos, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a ruptura das relações diplomáticas com o país, principal importador do petróleo venezuelano.

A Venezuela, país onde residem cerca de 300 mil portugueses ou lusodescendentes, enfrenta uma grave crise política e económica que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados da ONU.

O Observatório Venezuelano de Conflitualidade Social anunciou no sábado que pelo menos 29 pessoas foram mortas nessa semana em protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, que tem como aliados a Rússia, a China, o Irão e a Turquia.