Madeira

Aumento de doentes encaminhados para o continente é sinal de falta de respostas adequadas do Serviço Regional de Saúde

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O Partido Socialista-Madeira analisou, hoje, a questão do aumento do número de doentes que são encaminhados para tratamentos no continente, considerando que tal é sinónimo de falta de respostas adequadas por parte do Serviço Regional de Saúde.

Em conferência de imprensa, a deputada Sofia Canha registou, por um lado, com agrado, que o facto de os doentes serem encaminhados significa que “há um interesse efectivo de prestar o serviço de saúde aos utentes”. Contudo, por outro lado, sustentou que o aumento de número de pessoas enviadas para o continente «pode ser indicador de algo menos positivo», que é o facto de “não haver aqui na nossa Região, no nosso Sistema Regional de Saúde, serviços e respostas adequadas e cabais às pessoas e aos utentes da Região”, havendo, por isso, esta necessidade de os encaminhar para o exterior.

Sofia Canha recordou que o secretário regional da Saúde, sempre que tem oportunidade, tem vindo a dizer que o Sistema Regional de Saúde é de excelência e tem qualidade e que o Sistema Nacional «é que é mau» e tem problemas, mas acrescentou que, “afinal, aquilo que se verifica é que, não havendo resposta na Região, encaminha [os utentes] para as estruturas hospitalares e de saúde nacionais”. A parlamentar referiu que esta situação “sustenta aquilo que Partido Socialista tem vindo a dizer, que há de facto carências na nossa Região de serviços em várias especialidades, não há respostas adequadas e tem havido um desinvestimento ao longo do tempo neste sector”. Defendeu, por isso, que a Região precisa fazer “um esforço extraordinário para colmatar estas necessidades”.

Sofia Canha deu conta que se verificou um aumento de 25% nos doentes que são encaminhados para o continente, constatando que há áreas deficitárias na Região e tratamentos que não são administrados cá.

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