Madeira

“Não são precisos milhões para deixar marca positiva”, atesta padre dos Prazeres

O sacerdote falava durante a abertura da VI Mostra de Espantalhos e Cata-ventos

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“São precisos gestos muito simples que se consegue embelezar o espaço e deixar uma marca positiva e não são precisos milhões, é só uma questão de boa vontade, um bocadinho de tempo e criatividade”. Esta foi a receita deixada pelo pároco Rui Sousa durante a abertura da VI Mostra de Espantalhos e Cata-ventos que pode ser apreciada na freguesia dos Prazeres.

O sacerdote deixou ainda um recado: “O concelho da Calheta é um dos poucos concelhos na Madeira que ainda se semeia algum trigo, sendo uma forma de preservar os costumes e tradições mas também a cultura popular que não é uma coisa menor como alguns julgam”.


A Mostra de Espantalhos é organizada pela Delegação Escolar da Calheta e CEDECS (Associação Centro de Estudos de Desenvolvimento, Cultura, Educação e Social) com o apoio da Câmara Municipal da Calheta e da Quinta Pedagógica dos Prazeres. Nesta edição foram inscritos 20 espantalhos construídos por entidades particulares e colectivas.

Eva Gouveia admite vir a estender a iniciativa a outras localidades do município, de qualquer forma a docente lembra a existência de diversos participantes das oito freguesias. “A maioria dos espantalhos nem são dos Prazeres. Aproveitamos para expor aqui mas todas as freguesias acabam por contribuir para esta Mostra”, frisou, recordando alguns dos objectivos do evento.

Os espantalhos podem ser apreciados pelos campos, caminhos da freguesia dos Prazeres e na Quinta Pedagógica. Existe uma grande diversidade de espantalhos, 13 espantalhos e 7 “espantalhas”, a maioria construída com materiais tradicionais, ou seja com roupas enchidas de palha, pinturas e adereços como lãs, palha de bananeira, remendos, botões, chapéus, luvas e calçado.