Comunidades Madeira

Jorge Carvalho destaca posição económica e geo-estratégica da Madeira para atrair investimento da diáspora

Veja o vídeo da intervenção do secretário regional de Educação na sessão de abertura do III Encontro de Investidores da Diáspora, em Penafiel

Jorge Carvalho destacou o crescimento económico há 63 meses consecutivos na Madeira e a posição geo-estratégica privilegiada da Região para atrair investimento estrangeiro. Esta foi a mensagem de confiança transmitida pelo titular da pasta da Comunidades no Governo Regional, que participou no III Encontro de Investidores da Diáspora, que junta, em Penafiel, cerca de 600 empresários portugueses residentes no estrangeiro, oriundos de 35 países, numa iniciativa do Governo para atrair investimento para Portugal.

A Região Autónoma da Madeira, que vai acolher no próximo ano, entre 25 e 28 de Julho, o próximo Encontro de Investidores Portugueses da Diáspora, guarda boas perspectivas em carteira. “Vamos ser os anfitriões, vamos organizar o próximo encontro intercalar de Investidores da Diáspora”, começou por referir Jorge Carvalho, em declarações ao Correio da Venezuela e ao DIÁRIO.

“Vamos estar promovendo a Região nesta rota de investidores, mas acima tudo também entendemos que há que dar outras dimensões a esse encontro, tem que ver precisamente com as comemorações dos 600 anos da chegada dos portugueses à ilha da Madeira e, por outro lado, também homenagear a todos aqueles que ao longo destes anos, tendo deixado a ilha em dificuldades, regressaram para investir e criar desenvolvimento na Região”, destacou o secretário regional, na linha daquilo que proferiu aos empresários presentes em Penafiel.

Jorge Carvalho elege o Turismo como o sector dominante na Região, “é nossa melhor indústria” conforme aludiu o governante. Contudo, apontou outras áreas, das novas tecnologias à Ciência, da Economia do Mar ao Ambiente que estão bem cotados na capacidade de atrair investimento estrangeiro. “A Madeira hoje apresenta uma panóplia de áreas de negócio muito significativas e instrumentos ao incentivo à fixação também muito interessantes”, vincou.

“A mensagem é que estamos a falar duma ilha que tem um crescimento económico acentuado há 63 meses em contínuo, estamos a falar de uma ilha que tem diferenciais fiscais que se tornam também atractivos, é uma ilha segura em todos os pontos de vista e que hoje, desde a área tecnológica, permite que esteja acessível a qualquer parte do mundo e por outro lado tem acessibilidades que também são fantásticas dentro da ilha mas também para fora da mesma, onde num par de horas nos colocamos em qualquer capital europeia, por exemplo”, referiu Jorge Carvalho.

Quase 2,3 milhões de portugueses espalhados pelo mundo

Portugal tem registo consular de portugueses em 178 dos 193 países que fazem parte das Nações Unidas, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, que também participou no III Encontro de Investidores da Diáspora.

Numa intervenção na sessão de abertura do evento que decorre até sábado organizado pela Comissão Intermunicipal do Tâmega e Sousa, no distrito do Porto, o governante apresentou também números com base nas últimas estimativas, de 2017.

“Se usarmos como critério o registo consular (...) temos portugueses residentes em 178 países do mundo”, destacou o ministro, para quem “considerando que os países-membros das Nações Unidas são 193, isto quer dizer que só em 15 países não há registo consular da presença de portugueses”.

Continuando a falar de números, Santos Silva recorreu às “últimas estimativas, de 2017”, para admitir que haverá “quase 2,3 milhões naturais de Portugal que há mais de um ano residem noutro país”.

“Isto significa entre 21 e 22% do conjunto da população portuguesa, ou seja, entre um quinto e um quarto da população nascida em Portugal reside fora do país”, frisou o governante, relativamente a uma contabilidade que, se for considerado “o número de lusodescendentes que vivem no estrangeiro, ela ultrapassa e muito os cinco milhões de pessoas”.

E prosseguiu: “isso significa metade da população portuguesa e um terço dos nacionais portugueses ou de pessoas que o podem ser a qualquer momento (...) e dá uma dimensão muito importante às comunidades portuguesas que residem no estrangeiro e faz da relação com essas comunidades um eixo central de qualquer política pública”.