Turismo

Hotéis venezuelanos sem papel higiénico, sabonetes e detergentes

O setor venezuelano da hotelaria queixou-se  hoje de dificuldades para conseguir papel higiénico, sabonetes e detergentes,  necessários para o funcionamento quotidiano, passando a engrossar as queixas  sobre a contínua escassez de alguns produtos no país.

"Não somos importadores nem fabricantes de produtos, nem de matérias  primas, mas fazemos uso delas. Padecemos de problemas de abastecimento com  os detergentes, sabonetes e o papel higiénico", disse aos jornalistas o  presidente da Federação Nacional de Hotéis da Venezuela (Fenahoven).

Leudo González explicou que a escassez ocasiona dificuldades também  para "oferecer as condições necessárias para a hospedagem ao público".

"O nosso setor está conformado por estabelecimentos que vão desde pousadas  muito pequeninas a grandes hotéis. Somos à volta de três mil estabelecimentos  em todo o país e não estamos alheios ao que vive o resto dos setores económicos",  frisou.

Na Venezuela são constantes as queixas dos cidadãos de dificuldades  para conseguir produtos como o leite, óleo, açúcar, papel higiénico, farinha  de milho e de trigo, café, margarina, sardinhas enlatadas, feijão preto,  lentilhas e queijo, entre outros.

Estes produtos aparecem pontualmente num ou outro estabelecimento, mas  desaparecem rapidamente muitas vezes antes de chegar às prateleiras, mesmo  com a venda limitada a algumas unidades.

As longas filas às portas dos supermercados denunciam a chegada de algum  produto muito procurado e são um sinal aos cidadãos de que é hora de ir  comprar.

Desde há várias semanas que os venezuelanos queixam-se também da falta  de produtos como o condicionador de cabelo, champô, máquinas de barbear,  sabonetes, fraldas descartáveis para bebés, desodorizantes e toalhas sanitárias  femininas, entre outros artigos.

Dados divulgados pela imprensa venezuelana dão conta que 19 produtos  alimentares apresentam sérios problemas de abastecimento e que a escassez  ronda os 29,4%.