O grupo hoteleiro português Vila Galé  inaugura ontem o primeiro hotel no Rio de Janeiro, Brasil, localizado no  bairro boémio da Lapa, num antigo palacete considerado património cultural  da cidade.

"Há vários anos que vínhamos a avaliar projetos para o Rio de Janeiro  e percebemos que esta zona histórica estava a ser revitalizada, com novos  bares e comércio, e que também abrigava muitas empresas brasileiras e multinacionais",  explicou o administrador do grupo, Gonçalo Rebelo de Almeida.

O antigo edifício, sede do famoso Hotel Magnífico, no século XIX, foi  restaurado com os critérios exigidos pela legislação local, que protege  a construção como património histórico e cultural da cidade.

"O projeto teve de respeitar a arquitetura original, inclusive mantendo  alguns materiais que tivemos que trocar, como algumas madeiras. Isso tudo  ajuda a valorizar o empreendimento, pelo valor histórico", observa o responsável.

Ao todo, foram investidos 100 milhões de reais (cerca de 30 milhões  de euros), incluindo as obras de restauração do palacete, além da construção  de outros dois edifícios - um prédio de 14 andares, com mais apartamentos  - e um centro de convenções.

O hotel 'boutique' possui decoração inspirada na Bossa Nova (estilo  musical brasileiro), e pretende atrair hóspedes tanto do turismo lazer -  com foco nos turistas europeus, interessados em ficar nas zonas históricas  - como de negócios, neste caso, focado no público empresarial brasileiro.

O hotel, de quatro estrelas e 292 acomodações, conta ainda com dois  restaurantes e um bar, que terão atrações especiais para atrair também o  público frequentador do bairro da boémia carioca.

"Vamos apostar na divulgação no mercado local do Rio e os restaurantes  e bar vão estar abertos para o público de fora", avança o administrador.

Com 24 unidades hoteleiras, sendo 18 em Portugal e seis no Brasil, o  grupo continua à procura de oportunidades de expansão pelo Brasil, possivelmente  com uma nova unidade em São Paulo ou nos Estados do sul do país, avançou  Gonçalo Rebelo de Almeida.