Câmara do Comércio de Ponta Delgada diz que greve na SATA gera 10 milhões de prejuízo
O presidente da Comissão do Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Horácio Franco, referiu hoje que o impacto negativo da greve na Sata pode ultrapassar os 10 milhões de euros. Na sequência de uma reunião com o presidente do conselho de administração da transportadora aérea açoriana, Horácio Franco declarou ser uma "grande injustiça" e "quase imoral" a greve que a plataforma sindical agendou para 23, 24 e 25 de abril e 02, 03 e 04 de maio. "A nossa força é que esta greve acabe já amanhã. A greve já está a provocar danos colaterais a todos. Vamos ouvir agora os sindicatos e sensibilizá-los para que haja não só o economicismo, mas também a açorianidade na sua plenitude. Estamos perante um prejuízo que as empresas hoje não conseguem absorver, sendo esta a nossa maior preocupação", declarou. Horácio Franco é também responsável pelo setor da restauração da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, cujos associados se reuniram esta tarde perante o cenário de "grande debilidade" com que o setor é confrontado. "Vamos estudar formas para ultrapassar este momento difícil", referiu o empresário, que manifestou esperança em que o processo de tentativa de redução do IVA (imposto sobre o valor acrescentado) em curso na Assembleia da República venha a materializar-se. Horácio Franco referiu que existem "muitos restaurantes" em vias de encerrarem as portas, havendo muitos empresários a viverem "momentos dramáticos". "O sector está a ser altamente penalizado porque não circula dinheiro. As pessoas deixaram de frequentar a restauração ou vão em menor número. As estruturas existem, há custos fixos e este é obviamente um setor extremamente penalizado pela crise", lamentou.