Turismo

Trabalhadores de terra e tripulantes da Iberia convocam 15 dias de greve a partir de 18 Fevereiro

Os sindicatos dos Trabalhadores de terra e tripulantes da espanhola Iberia anunciaram hoje 15 dias de greve, a partir do próximo dia 18 de Fevereiro, depois do fracasso na última tentativa de negociação com a empresa.

O protesto abrange a semana entre 18 e 22 de Fevereiro, os dias 4 a 8 de Março e os dias entre 18 e 22 de Março, inclusive.

Será a primeira greve da Iberia com esta envergadura e os sindicatos antecipam que os efeitos podem ser incontroláveis em alguns aeroportos espanhóis, especialmente o de Barajas, na capital espanhola.

No final de Janeiro vários sindicatos tinha já anunciado a apresentação de "um pré-aviso de greve com um calendário de mobilizações", depois de classificarem como "chantagem" a última proposta da transportadora aérea.

A direcção da empresa, segundo os sindicatos citados, deixou patente que o Conselho de Administração da International Airlines Group (IAG), o consórcio resultante da fusão da Iberia com a British Airways, "não assume o acordo alcançado no Serviço de Mediação (Sima) em 17 de Dezembro último".

Os sindicatos recordam que este acordo foi assinado para tentar salvar a Iberia, mas asseguram que a companhia aérea "não tem direcção espanhola e se governa a partir da imposição da British Airways".

Uma última ronda de negociação, com a mediação da Sima, acabou por terminar sem acordo, pelo que os sindicatos avançaram para a convocatória de uma greve sem precedentes.

Recorde-se que no passado dia 9 de Novembro a Iberia anunciou o corte de quase um quarto da sua força laboral de 20 mil funcionários, no âmbito de um plano de reestruturação da empresa.

O plano de reestruturação abrange mudanças estruturais permanentes em todas as áreas de negócio, com o objectivo de a companhia voltar a registar ganhos, segundo informou o International Airlines Group (IAG) - grupo resultante da fusão da Iberia com a British Airways.

A empresa vai reduzir a sua capacidade em 15%, concentrando-se nas rotas mais rentáveis, cortado ou reduzindo as rotas não rentáveis.

O objectivo, segundo a empresa, é melhorar os resultados em, pelo menos, 600 milhões de euros até 2015, conseguindo regressar aos lucros nesse período, pelo que haverá mudanças estruturais permanentes em todas as áreas de negócio da empresa.