Apenas 7,2% dos turistas admitiram visitar Macau para jogar
A maioria dos turistas de Macau no terceiro trimestre (74,7%) disse ter visitado o território para lazer e férias, com apenas 7,2 por cento a admitir como principal motivação o jogo, revela um estudo hoje divulgado.
De acordo com os resultados de um inquérito levado a cabo pelo Centro de Pesquisa de Turismo do Instituto de Formação Turística de Macau, a proporção de turistas do território a alegar o jogo como a principal razão da sua visita está em queda, face à média anual de 12,7 por cento registada em 2010 e de 8,2 por cento em 2011. Entre os turistas que visitaram Macau pela primeira vez entre julho e setembro, apenas 4,6 por cento alegaram fazê-lo com a intenção de apostar nos casinos.
Além do jogo, as compras e a degustação das iguarias gastronómicas locais foram as atividades mais populares entre os visitantes de Macau, especialmente entre os que chegaram do interior da China e de Hong Kong, ao mesmo tempo que o interesse pela descoberta das atrações do Património Mundial local está em crescendo, conclui a pesquisa.
No terceiro trimestre, a tendência de estadas curtas no território manteve-se, com 17,5 por cento dos visitantes a não pernoitarem sequer em Macau, situação que os investigadores consideram estar relacionada com a vinda de muitos turistas do interior da China para fazerem sobretudo compras no território. Entre estes turistas que não pernoitaram em Macau, apenas 2,7 por cento alegou deslocar-se ao território para jogar, sendo a maioria visitantes repetentes, proveniente do interior da China e de Hong Kong e apenas 0,3 por cento originários de países ocidentais.
De acordo com os resultados do estudo, a maioria dos visitantes que passou mais tempo no território estava a visitar amigos ou família.
Quem pernoitou dois dias ou mais durante o terceiro trimestre apontou as atrações locais como a principal motivação da sua visita, com apenas 2,2 por cento a indicar o jogo.
A maioria estava de regresso a Macau para mais uma visita, era proveniente do interior da China e de Hong Kong e apenas 0,1 por cento dos visitantes eram originários de países ocidentais.
A pesquisa conclui que "aparentemente a atração de novos turistas não gera necessariamente estadas mais prolongadas" e que o território "se está a transformar mais num destino de compras e a desenvolver-se mais como um destino turístico para estadas de curta duração na grande China".