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Ataque com carro armadilhado faz pelo menos 14 mortos na Somália

FOTO Reuters
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Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 10 ficaram feridas num ataque com um carro armadilhado ocorrido hoje perto de um hotel da capital da Somália, Mogadíscio, informou a polícia local.

Um elemento da polícia local, identificado pelas agências internacionais como capitão Mohamed Hussein, indicou que o ataque ocorreu perto do hotel Weheliye, uma unidade hoteleira localizada perto de uma das estradas mais movimentadas de Mogadíscio.

Esta via rodoviária já foi alvo no passado de ataques reivindicados pelo grupo extremista islâmico al-Shabab, um dos mais activos no continente africano.

A maioria das vítimas são comerciantes e transeuntes que estavam a passar na altura da explosão provocada pelo carro armadilhado, afirmou, em declarações à agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP), Mohamed Hussein.

Em Mogadíscio, as zonas que ficam perto de hotéis e de postos de controlo militar são normalmente alvos preferenciais das milícias al-Shabab, com ligações à rede terrorista Al-Qaida.

Em outubro passado, um ataque com um camião armadilhado atribuído ao grupo radical al-Shabab matou no centro de Mogadíscio 512 pessoas, um dos ataques mais mortíferos registados naquele país.

O ataque de hoje acontece quase um mês depois de outros dois carros-bomba terem explodido na capital somali, provocando na altura a morte de 21 pessoas.

O al-Shabab foi afastado de Mogadíscio em agosto de 2011 pela força da União Africana na Somália (AMISOM), destacada em 2007 para apoiar o frágil governo somali com cerca de 21 mil homens.

O grupo terrorista também perdeu a maioria dos seus bastiões, mas continua a controlar vastas zonas rurais no país e realiza operações de guerrilha e atentados suicidas.

A força da União Africana iniciou, entretanto, um plano de retirada que deve estar concluído em 2020 e os planos prevêem a entrega da segurança do país às forças locais.

As forças militares norte-americanas, que intensificaram os esforços contra o al-Shabab no ano passado com dezenas de ataques com drones (aparelhos aéreos não tripulados), afirmam que as forças somalis ainda não estão prontas.