Madeira

Carlos Pereira quer sociedade madeirense “mobilizada” para crescer em termos económicos

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O deputado madeirense do PS, Carlos Pereira, reuniu hoje com a ACIF – Associação Comercial e Industrial do Funchal – para debater os fundos comunitários pós 2020, por entender que este é um dos temas mais importantes dos próximos tempos para a Madeira, relacionado com os apoios que virão depois dos que estão em vigor.

Diz o deputado que, em 2017 a Madeira “cresceu menos do que o resto do país e da União Europeia”, aumentando assim os níveis de pobreza dos madeirenses que já se debatem com desigualdades sociais e uma discrepância enorme em termos salariais onde há pessoas a ganhar muito dinheiro e muita gente a ganhar pouco. Daí que o grande desafio da Madeira seja “corrigir esta diferença” e garantir que a Região possa estar “ao mesmo nível dos cidadãos europeus em termos de riqueza”.

Carlos Pereira diz que o novo quadro comunitário de apoio “é a grande oportunidade” para a Madeira voltar a crescer em termos económicos e sair do patamar onde se encontra “por culpa própria” como uma das regiões mais pobres da Europa.

Estas preocupações socialistas foram apresentadas à direcção da ACIF no sentido de haver uma mobilização que envolva “todas as entidades ligadas à economia e à sociedade madeirense”, para encontrarem “soluções que permita a correcção das desigualdades e a convergência com o país e a Europa”.

Uma matéria que diz respeito a toda a sociedade e não apenas aos partidos, embora tenham a obrigação de encontrar um “plano estratégico, o mais consensual possível, para assegurar as melhores prioridades no sentido de aplicar bem o dinheiro que poderá vir a estar disponível”.

O deputado socialista relembra que, no último quadro comunitário, a Madeira perdeu muito dinheiro, por culpa própria, tendo conseguido “metade dos meios financeiros que teve os Açores”, tendo agora a oportunidade de “voltar a recuperar a sua condição de região de coesão e ter mais dinheiro do que teve no passado”. Uma tarefa “difícil que exige mais preparação, negociação e planeamento”.

Entende por isso que a ACIF possa ser uma das instituições capazes de “mobilizar” as associações empresariais, as entidades sindicais e as entidades da sociedade civil de forma a “encontrar as soluções adequadas para a Madeira”, com a consciência de que é preciso “crescer mais do que o país e a Europa, ter as prioridades certas e saber usar bem o dinheiro disponível, investindo de forma adequada”.