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Ferro Rodrigues manifesta pesar pela morte do antigo deputado e fundador do PS João Gomes

Foto Lusa
Foto Lusa

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, manifestou hoje o seu pesar pela morte do fundador do PS e antigo deputado João Gomes, que recordou como um lutador “contra a opressão e pela liberdade”.

Numa mensagem enviada à Lusa, Ferro Rodrigues refere ter recebido “com consternação” a notícia da morte de João Gomes, de 86 anos, que faleceu na madrugada de terça-feira.

“João Gomes será recordado por todos os democratas como alguém que se bateu contra a opressão e pela liberdade, participando activamente na resistência ao Estado Novo, acção em que é digna de menção a sua participação na Revolta da Sé, em 1959, que o conduziu aos calabouços do Aljube e de Caxias”, destaca o presidente da Assembleia da República, dirigindo o seu pesar e o do parlamento à família e ao PS.

A nota recorda que João Gomes foi eleito à Assembleia Constituinte (1975-1976) e à Assembleia da República (1976-1985) pelo Partido Socialista.

“João Gomes destacou-se pela intensa actividade que desenvolveu na área da comunicação social, não só como membro do Governo com a tutela (integrando o II Governo Constitucional, liderado por Mário Soares, como secretário de Estado da Comunicação Social), mas, igualmente, com a sua passagem pela revista Flama e pelos jornais República, Luta, Diário de Lisboa ou Diário de Notícias e Portugal Hoje, de que foi director”, acrescenta ainda a mensagem de pesar da segunda figura do Estado.

Nascido em Lisboa em 1934, João Gomes foi Provedor da Santa Casa da Misericórdia entre 1983 e 1986 e presidente da Caixa de Previdência do Pessoal das Companhias Reunidas Gás e Electricidade (EDP) entre 1986 e 2000.

Na década de 90, segundo uma nota do Partido Socialista, João Gomes teve uma passagem pelo ensino na Universidade de Aveiro, onde leccionou a cadeira de Turismo Internacional. No domínio religioso, foi presidente diocesano da Juventude Operária Católica de Lisboa e, mais tarde, presidente ao nível nacional da estrutura.

Antes do 25 de Abril de 1974 e na acção de resistência ao regime do Estado Novo, João Gomes participou na Revolta da Sé, em 1959 - ato que o levou a estar preso nas cadeias de Aljube e Caxias. De acordo com o PS, voltou a ser preso pela PIDE mais tarde a propósito da constituição da PRAGMA - Cooperativa de Difusão Cultural e Acção Comunitária, SCRC.

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