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Venezuela acusa os EUA de tentar minimizar reconhecimento no combate ao narcotráfico

Foto EPA
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A Venezuela acusou hoje os Estados Unidos da América (EUA) de tentarem uma nova forma de golpe de Estado e minimizar o reconhecimento do país no combate ao narcotráfico.

As acusações têm lugar depois de os EUA acusarem, hoje, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e pessoas do seu círculo, de narcoterrorismo, e de oferecerem recompensas económicas por informações que levem às respetivas detenções.

“Num momento em que a humanidade enfrenta a mais feroz das pandemias, o governo Donald Trump volta a atacar o povo venezuelano e as suas instituições democráticas, usando uma nova forma de golpe de Estado com base em acusações infelizes, vulgares e infundadas, que tentam minimizar o alto reconhecimento que a Venezuela tem no combate ao narcotráfico, plenamente demonstrado em diferentes âmbitos multilaterais”, explica o governo de Maduro em comunicado divulgado em Caracas.

O documento, divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores, explica que a política norte-americana de impulsionar “uma mudança de governo, pela força, na Venezuela está destinada ao fracasso”.

“Oferecer recompensas, ao estilo de ‘cowboys’ racistas do Velho Oeste, demonstra o desespero da elite supremacista de Washington e a sua obsessão contra a Venezuela para obter créditos eleitorais no Estado (norte-americano) de Flórida”, explica.

Segundo Caracas, Washington está frustrado porque a Venezuela está em paz e porque as autoridades “conseguiram neutralizar todas as tentativas golpistas e desestabilizadoras planeadas e financiadas pelos EUA”.

“O Governo de Donald Trump não aceita que, usando um modelo próprio e inédito, o Governo de Nicolás Maduro esteja conseguindo gerir adequadamente as ameaças da covid-19, perante o enorme fracasso que as instituições norte-americanas demonstraram nesse assunto”, afirma.

Caracas lembra que teve um papel reconhecido nas negociações e na assinatura de um acordo de paz entre o Governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

“Ironicamente, é na Colômbia onde se produz a droga que os EUA permitem que entre e que a sua população consome desaforadamente. A DEA tem sido o principal ator internacional na proteção da produção e processamento de drogas na Colômbia”, afirma.

Segundo Caracas há “declarações dos responsáveis diretos” que comprovam as denúncias sobre a preparação de ações terroristas, em território colombiano, financiadas e dirigidas pelos EUA, contra a Venezuela.

A Venezuela acusa a Colômbia de cumplicidade e submissão aos EUA, de ignorar acusações sérias e de emprestar o território e recursos para conspirações, violando acordos internacionais e a Carta das Nações Unidas.

“O povo da Venezuela e seu governo bolivariano enfrentarão com a verdade todos os ataques e mentiras do principal Estado promotor do terrorismo e do narcotráfico no mundo. As instituições democráticas venezuelanas garantem a proteção do povo venezuelano perante qualquer ação desesperada do Governo Donald Trump. A independência da Venezuela consolida-se perante todos os ataques do decadente e infame imperialismo norte-americano”, conclui.

O Departamento de Justiça (DJ) dos Estados Unidos acusou o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e pessoas do seu círculo de narcoterrorismo, anunciou a administração norte-americana.

Segundo o Departamento de Justiça norte-americano, Maduro e os restantes arguidos são acusados de conspirar com rebeldes colombianos para “inundar os Estados Unidos de cocaína”.

Entretanto os EUA anunciaram recompensas económicas para quem dê informação que leve à detenção de Nicolás Maduro, do presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Maikel Moreno, do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, do ex-vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, entre outros.

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