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Coronavírus Mundo

Associação exige devolução de verbas para que Venezuela possa combater pandemia

Foto EPA/RAYNER PENA R
Foto EPA/RAYNER PENA R

O Conselho Português Para a Paz e Cooperação (CPPC) exigiu hoje “a imediata devolução dos recursos financeiros” da Venezuela “retidos ilegalmente” em bancos internacionais, como no Novo Banco, para ajudar o país a combater a covid-19.

Numa nota enviada hoje, por ocasião do Dia Mundial de Solidariedade com a Venezuela, o CPPC realçou que esta efeméride é assinalada “numa situação complexa para os povos do mundo, devido à pandemia da covid-19”.

“Na Venezuela, as medidas de saúde pública prontamente assumidas pelas autoridades bolivarianas, e o apoio solidário das equipas médicas cubanas, têm prevenido e combatido a doença, alcançando taxas de contágio e de mortalidade especialmente baixas”, sublinhou.

No entanto, subsistem na Venezuela “carências devido às criminosas sanções e bloqueio impostos pela administração norte-americana, que tentam impedir a todo o custo a aquisição de equipamentos médicos e de medicamentos por parte das autoridades venezuelanas”, pondo em causa o direito à saúde do povo venezuelano, acrescentou.

Na nota, o CPPC exige “o fim imediato da ingerência, das sanções e bloqueio, da chantagem dos EUA, e seus seguidores, contra a República Bolivariana da Venezuela e o povo venezuelano”, a “imediata devolução dos recursos financeiros propriedade” da Venezuela “retidos ilegalmente por exigência dos EUA em bancos internacionais, como no Novo Banco, em Portugal” e o “fim imediato das ameaças de agressão militar dos EUA”.

Exige ainda “ao Governo português que abandone a sua inaceitável postura seguidista dos ditames dos EUA, que afronta os direitos e a soberania do povo venezuelano e contraria os interesses do povo português, incluindo da comunidade portuguesa que vive na Venezuela”, acrescentou.

O CPPC destacou ainda que a Venezuela e outros sete países vítimas de bloqueios e sanções já “instaram junto do secretário-geral das Nações Unidas a uma ação firme e determinada visando o levantamento de todas as medidas coercivas unilaterais impostas pelos EUA e seus aliados”, possibilitando, “com o fim destas medidas, uma mais eficaz luta contra a pandemia”.??????????????

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 160 mil mortos e infetou mais de 2,3 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 518 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 714 pessoas das 20.206 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

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