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Uma ‘luz de esperança’ que precisa ser protegida

Teresa José é a imagem de um drama que afectará, neste momento, um milhão de crianças moçambicanas

Foto UNICEF Moçambique
Foto UNICEF Moçambique

Teresa José, bebé nascida no dia seguinte à passagem do ciclone Idai por Moçambique, pode ser aquele raio de esperança e de luz que muitos procuram no desespero de viver sem nada. E para quem, deste lado olha a situação à distância, pode ser o clique que precisa para ajudar, de qualquer forma que seja.

A hist+oria desta bebé foi dada a conhecer pela UNICEF em Moçambique, lembrando que na noite de 14 de Março, quando o ciclone se abateu na região mais afectada, “centenas de milhares de crianças viram suas vidas viradas de cabeça para baixo pelas enchentes” e, “no meio da escuridão, da dor e do sofrimento, uma luz brilhou, a bebé Teresa José nasceu, no dia 15 de Março, na escola primária de Matarara, no distrito de Sussundenga, província de Manica”.

E continua: “A mãe de Teresa, Amélia José, o pai José Mateus e o irmão mais velho de 5 anos, José, tiveram que fugir de casa à pressa para escapar das águas revoltas que consumiam a sua casa. As fortes chuvas varreram a comunidade de Matarara, deixando um rastro de destruição e centenas de famílias sem lar. As águas recuaram a 19 de Março para permitir o acesso aos primeiros socorristas.”

Conta ainda que “a família José encontrou refúgio numa escola próxima”, que é “agora usada como abrigo e centro de acomodação a mais de 400 famílias que decidiram abrigar-se lá depois do rio Buzi inundar as suas casas”.

A verdade é que “com o apoio da UNICEF, uma equipa de contacto móvel de saúde e nutrição, do Ministério da Saúde, está a fornecer água potável e cuidados básicos às famílias afectadas na escola”. E acrescenta: “Também estão a reunir informações e dando prioridade na assistência a mulheres grávidas, crianças menores de cinco anos, pessoas com deficiências, pacientes com HIV e muitos mais.”

Estima-se que 1,9 milhões de pessoas foram afectadas em Moçambique pelo ciclone Idai, dos quais 1 milhão são crianças. Números assombrosos e quase inimagináveis há apenas 11 dias. Teme-se que milhares de pessoas tenha perdido a vida e muitos mais estão deslocadas das zonas onde estavam as suas casas.

“A situação é séria, e a UNICEF e os seus parceiros estão a apoiar o governo para trazer apoio urgente para a população afectada, incluindo água limpa, saneamento e higiene, bem como assistência médica”, diz Marcoluigi Corsi, representante da UNICEF em Moçambique, conta ainda o texto.