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Rússia e China boicotam reunião da ONU à porta fechada sobre armas químicas na Síria

Foto Shutterstock
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A Federação Russa e a China boicotaram na terça-feira uma videoconferência à porta fechada do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com Moscovo a considerar “inaceitável” que não fosse pública.

“A Rússia e a China têm as janelas vazias” no ecrã, confirmou à AFP um membro do Conselho de Segurança, sob anonimato.

Durante uma conferência de imprensa virtual, o embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, indicou que o seu país tinha apenas um pedido: “Que as discussões se fizessem de forma aberta”.

Contudo, acrescentou: “Infelizmente, os nossos parceiros ocidentais, e os seus aliados, insistiram em uma reunião à porta fechada, apesar dos seus ‘slogans’ de abertura e transparência no Conselho de Segurança”, prosseguiu o diplomata russo.

“Tal abordagem é inaceitável para nós, porque altera as prerrogativas dos Estados partes da Convenção sobre as armas químicas”, indicou, para justificar a cadeira vazia.

Para esta reunião mensal, que sempre se tem desenrolado à porta fechada, era esperado que os membros do Conselho de Segurança ouvissem as exposições da alta representante da ONU para os assuntos do desarmamento, Izumi Nakamitsu, e do chefe da Organização para a Interdição das Armas Químicas (OIAC), Fernando Arias.

Também era aguardada a audição do coordenador da missão de investigação criada pela OIAC em junho de 2018, Santiago Onate, cujo primeiro relatório, no início de abril, criticou Damasco pelos ataques químicos feitos em 2017.

Segundo os russos, principal apoio do regime sírio, Damasco parou o seu programa de armas químicas, eliminou todos os ‘stocks’ destas armas e destruiu as suas capacidades de produção.

Damasco já negou ter tido qualquer responsabilidade nos ataques de 2017.

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